Na noite que antecedeu ao ato, Josafá havia sido denunciado por sua enteada de iniciais G.P.S., que procurou o Conselho Tutelar para acusar o padrasto de tê-la molestado e de estupro.
Segundo a adolescente, ela vinha sendo abusada sexualmente pelo padrasto desde os cinco anos de idade e, aos 11 anos, sob ameaças, era obrigada a manter relações sexuais com o mesmo. Sem poder contar a sua mãe, G.P.S. fugiu de casa e procurou ajuda na casa de um tio dela.
Desesperado com o segundo caso de estupro na família, e sem acreditar na justiça, o tio de G.P.S. disse que não iria mais procurar o Conselho Tutelar, uma vez que o homem acusado de abusar da sua filha, embora tenha sido preso, teria ficado apenas 15 minutos na cadeia.
Sobre o caso de G. P. S., a conselheira tutelar Arlete Edna conta ter levado a adolescente à delegacia a fim de apanhar encaminhamento para fazer exame de conjunção carnal. O resultado do exame revelou ter havido abuso, de fato, e, por isso, G.P.S foi encaminhada à Casa de Passagem, local em que passaria alguns dias e teria acompanhamento psicológico.