Na noite da última quarta-feira (21), a polícia militar em Nova Ipixuna prendeu Alberto do Carmo do Nascimento, conhecido como “Neguinho”. Mas há dúvida se ele seria o mesmo acusado, com prisão preventiva decretada e foragido, de envolvimento no assassinato do casal de ambientalistas Maria do Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro. O nome verdadeiro do acusado do duplo homicídio é Alberto Lopes Teixeira do Nascimento, também de apelido “Neguinho”.
O homem preso ontem, de qualquer maneira, já tem contra ele um mandado de prisão por assalto à mão armada. A polícia checa informações e, a partir do retrato falado do assassino dos ambientalistas, divulgado em toda a imprensa no começo de junho passado, quer tirar a limpo se os dois indivíduos de apelido “Neguinho” são a mesma pessoa ou tudo não passa de mera coincidência.
Um detalhe, porém, intriga a polícia: foi um irmão de Alberto do Carmo do Nascimento – o preso na quarta-feira – quem acionou os policiais militares sobre a presença dele numa casa onde estaria escondido. A guarnição da PM, sob o comando do sargento Brito, foi quem recebeu a denúncia e resolveu agir. Segundo o coronel Sebastião Monteiro, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), os policiais cercaram a casa e conseguiram prender Alberto Nascimento com facilidade, porque este não teve nem tempo de reagir.
Ainda de acordo com o coronel, o homem foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Jacundá, que também responde pelo município de Nova Ipixuna. O coronel deixou claro que, pela repercussão do crime contra os ambientalistas e as dúvidas que existem sobre a verdadeira identidade do acusado, ele não ficaria em Jacundá. A transferência para Marabá ou Belém estaria sendo providenciada.
OUTROS
No sábado passado, durante operação das polícias civil e militar, foram presos em Novo Repartimento outros dois acusados da morte dos ambientalistas. Os irmãos José Rodrigues, apontado como mandante, e Lindonjonson Silva, que teria executado o crime junto com Neguinho, estão presos em Belém, e negam participação no assassinato, embora existam provas robustas contra eles colhidas pela polícia durante as investigações, além de depoimentos de testemunhas.
Mas a Comissão Pastoral da Terra (CPT) afirma que, mesmo com essas prisões, o caso ainda não estaria inteiramente solucionado, pois as investigações da Polícia Federal indicariam que há mais outros dois acusados de envolvimento que ainda não tiveram os nomes incluídos na denúncia encaminhada pela polícia civil ao Ministério Público.
Em nota enviada ontem à imprensa, a CPT diz que os familiares do casal assassinato exigem celeridade na condução do processo. Os familiares e as entidades esperam que a tramitação do processo seja rápida e os acusados sejam submetidos ao tribunal do júri ainda presos. “Não pode acontecer com esse processo o mesmo que vêm acontecendo com outros processos que apuram assassinatos no campo na região”, diz o documento.
Os familiares e as entidades que militam nos direitos humanos solicitam também que o Ministério Público de Marabá encaminhe, com urgência, o aditamento à denúncia e inclua os outros acusados (identificados pela polícia federal) no processo e suas prisões sejam imediatamente decretadas.
A CPT quer ainda que o Poder Judiciário, por meio do juiz que conduz o caso, dê prioridade à tramitação processual e “não deixe que a morosidade mais uma vez beneficie os criminosos”.
Fonte: Diário do Pará
5 comentários em “Terceiro suspeito de matar ambientalistas é preso”
O que quer dizer mesmo CPT? Acho que é Comissão Pastoral da Terra, não é? Se for é um órgão ligado à Igreja Católica, mas tem uma atuação nada católica, ou nada cristã, como preferirem. Ela parte do pressuposto de que algumas pessoas, especialmente as ligadas aos movimentos “sociais”, são mais filhas de Deus do que as outras, são mais cristãs, senão vejamos, no Brasil morrem mais de 50.000 pessoas assassinadas todo ano, destes assassinatos somente 2.500 são elucidados, e apenas 1500 vão a julgamento e 500 cumprem pena. Isso quer dizer que apenas 1 por cento dos assassinos cumprem pena. Do total bruto de mortes, as chamadas mortes no “campo” são só 32, ou seja 0,000064 por cento do toral de mortes, e devido à gritaria de minorias ruidosas, CPTs, da vida a maioria são apuradas e os culpados punidos, isso é ótimo, assassino tem que ir para a cadeia mesmo. Mas……..alguem ja viu algum padre exigir pressa na apuração e consequente julgamento dos outros 47.500 assassinos?As vitimas da “cidade” não são filhas de Deus, não são iguais perante a justiça divina? não deixaram viúvas? órfãos? Cadê a CPC – Comissão Pastoral da Cidade?
POLÍCIA FEDERAL PERDE PODER DE MUÇURANA
Muçurana (semelhante a muçum, em guarani) ou boiru (cobra grande), é uma serpente negra, não-venenosa, que devora as espécies venenosas, sem sofrer nenhuma dor no ombro por isso. Ela ocorre, com abundância, no alto amazonas.
Especialistas em segurança pública e combate ao crime organizado, veem na parceria entre as polícias estaduais e as quadrilhas escusas, o maior obstáculo para enfrentar a criminalidade de “grosso calibre”.
-Como as milícias estaduais fizeram o crime organizado evoluir de poder paralelo para poder entrelaçado ao Estado:
1º O corporativismo pandemônico existente nas instituições policiais;
2º A quase total autonomia político-jurídico-administrativa dos estados em relação à União. Claro que, qualquer governador, vai recorrer a todos os subterfúgios para não aparecer no cenário nacional como comandante de uma polícia bandida;
3º Apenas a polícia militar de São Paulo, já conta com uma legião superior a 115.000 integrantes. Agora, somemos os efetivos das forças civis e militares das demais Unidades da Federação. Enquanto a polícia federal tem em seu quadro cerca de 10.000 elementos;
4º Em nome de fazer frente à criminalidade que prolifera uniformemente pelo país inteiro, resguardadas as devidas proporções, as polícias estaduais já detêm em seus arsenais, armas tão letais quanto à federal e até mesmo às forças armadas. Um poder de fogo inexpugnável;
5º Por atuarem mais próximos da estrutura que servem, os policiais estaduais dispõem de maior apoio político, conhecem os seus espaços sociais e os cúmplices com quem formam conluios.
Desse modo, crimes de responsabilidade da polícia federal, muitas vezes, tem suas investigações prejudicadas; graças a coberturas de policiais estaduais, tais quais: venda de informações privilegiadas a criminosos, proteção e fornecimento de armas a delinquentes; apresentação de indicativos ou provas forjadas para confundir as apurações e salvar a pele dos seus comparsas etc.
É fácil encontrar policiais civis e militares, detentores de arsenais domésticos. -O que, os caras são colecionadores? Nada disso Mané, eles são locatários, mesmo! -E então para quem eles alugam seus armamentos? -Para clientes capazes de executarem ações criminosas financeiramente lucrativas!
Um típico exemplo dessa PPP (Parceria Público-Privada), é o que atormenta hoje o estado do Paraná, na região de fronteira com o Paraguai. Menciona-se o caso do Paraná, porque ali as ações desses cartéis já fazem parte do senso comum: mas é certo que a banalização que se revelou naquele estado sulista sirva de protótipo para trazer à superfície os submundos ainda disfarçados noutros estados.
Sem essa lei de porte armas nº 9.437/97, as polícias já eram quadrilhas perigosas; agora elas saltaram de perigosas para de altíssima periculosidade. Esse advento também consagrou a estatização do crime. Hoje, quando alguém deseja encomendar um pistoleiro, a quem o mandante recorre? Se um chefão mafioso quer constituir seu staff, quem ele recruta?
A quase certeza de que a comunidade à paisana está desarmada e indefesa tornou os policiais mais autoconfiantes, tiranos e audaciosos.
Quem revista os policiais armados fora de serviço? Policiais bêbados promovendo terror, quem os detém? Em batida de trânsito com um cidadão comum e um “bandicial”, quem tem maior chance de atirar primeiro? Se para um bandido escuso a impunidade é uma possibilidade, para um quadrilheiro legalista, ela é uma convicção.
No atual modelo de segurança pública, as polícias são cartéis pandemônicos e super armados livres para agir. Se o comandante de um batalhão ou mesmo de uma companhia resolver sequestrar uma cidade inteira, ele o faz! O povo não tem como esboçar a menor reação. Sem falar do uso politiqueiro do aparelho policial.
As pessoas produtivas e decentes deveriam dispor de uma milícia e um arsenal para se defender das barbáries do Estado.
O Ministério Público tem o dever constitucional de exercer o controle externo da atividade policial (Art. 129, Inc. VII Const. Fed.), mas promotores e procuradores são de carne e osso, e desprovidos de uma parafernália mortífera para fazer frente à polícia. Ademais, essas gangues tem o privilégio de fabricar as provas e contraprovas de um inquérito.
Prisão de pessoas importantes, os policiais fazem com o maior sadismo: surte efeito didático e dissuasivo. Leva as criaturas menos importantes a se sentirem lixos e mais vulneráveis. O linchamento moral de cidadãos decentes, policiais executam com o máximo de prazer, pois, para eles, é bem mais confortável lidar com pessoas cabisbaixas.
Pena que nós, brasileiros, somos vizinhos dos colombianos apenas geograficamente, porém, na covardia, aquele aguerrido pueblo está longíquo de nosotros.
Acuerda gente tibia!!!!!!!
Concordo com o Sr. Meira, já discordei dele, mas aqui ele está certo. O que acontece Sr. Meira, é que a maior parte da imprensa, os governantes e até mesmo a justiça se deixam pautar por minorias ruidosas. É o que sempre digo, crime é crime e tem que ser esclarecido, e os culpados punidos, não importa se contra, carroceiro, açougueiro, médico ou bancário, todos são cidadãos e deveriam merecer a mesma atenção do estado. Mas… infelizmente o que se vê não é bem isso.
Mortos com pedigree têm precedencia sobre os demais, e quanto mais barulho fizerem, mais as minorias terão atendimento preferenciado das autoridades.
Percebe-se que, quando o crime tem repercussão, sobretudo internacional, aí as autoridades agem, e logo os assassinos e mandantes são presos. E o que dizer dos assaltos a cidadãos de Parauapebas que são roubados e assasinados diariamente nos ônibus da Açailândia e Transbrasiliana, nas viagens pra Belém, e que nenhuma autoridade toma providência…só porque são trabalhadores e trabalhadoras sem relevância social…certamente. Essas pessoas são humilhadas espancadas pelos assaltantes, além de os bandidos levarem todos seus pertences. Esse absurdo se arrasta há mais de uma década, mas ninguém, ninguém mesmo toma providência… e o Gov. doEstado não toma atitude! “ISSO É UMA VERGONHA!!!”