Tesoureiro de Josineto Feitosa abre o jogo e entrega ao MP o esquema que teria desviado R$1,3 milhão da Câmara de Parauapebas

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Novo ano, novas motivações, esperanças e uma única certeza: a vida continua e devemos fazer dela um aprendizado constante.

2016 será ano eleitoral, e espera-se campanhas diferentes das anteriores, já que a justiça eleitoral vem tentando coibir os abusos financeiros, tão costumeiros no Brasil.

E o ano começa com a notícia da delação premiada de Pedro Nazareno Nascimento Costa (foto), o ex-tesoureiro da Câmara Municipal de Parauapebas durante a nefasta gestão de Josineto Feitosa, que foi preso durante a Operação Filisteu e agora responde às acusações em liberdade.

imageEm um vídeo, gravado pelo Ministério Público do Estado e cedido à TV Liberal, o tesoureiro explicou detalhes do esquema. “Eu levava (o Edmar) no banco, lá ele pegava o dinheiro e trazia. Ele separava duas partes do dinheiro, uma ficava com ele e a outra ele botava em um envelope e me entregava. Eu levava lá para o Josineto ou para o diretor administrativo (Herbeth Herland, concunhado de Josineto Feitosa)”, disse o tesoureiro.

Só Herbeth podia receber o dinheiro da propina além do então presidente da câmara. O tesoureiro relatou ainda que chegava a buscar o dinheiro na própria empresa vencedora das licitações.

“Às vezes ele (Edmar) levava o dinheiro para o supermercado. Eu pegava lá e trazia, deixava no gabinete do Josineto ou do Herbeth. Eu não podia questionar, porque vinha ordem de cima para eu fazer”, afirmou Pedro Nazareno, se referindo a ordens dadas por Josineto ou Herbeth, que também foi preso e agora responde em liberdade às acusações de superfaturamento e desvio de recursos.

Em vídeo, também cedido pelo MP, Josineto Feitosa depõe sobre ter autorizado o pagamento do aluguel de veículos em valor superior à quantidade de carros locados. O ex-presidente tenta se livrar das acusações, mas não confirma quem recebia o dinheiro repassado por Edmar: “eu assinava o pagamento, assinava o cheque, era isso que eu fazia”.

O MP estima que a gangue comandada por Josineto Feitosa tenha desviado algo em torno de R1,3 milhão durante sua gestão.

Com informações de José Neves, da TV Liberal em Parauapebas.