Reportagem publicada neste domingo pelo jornal “New York Times” mostra o crescimento das cidades da Região Amazônica. O jornal destaca que entre as 19 cidades brasileiras que dobraram de tamanho na última década, dez estão na Amazônia. Ao todo, a população da região subiu 23% de 2000 a 2010, enquanto o Brasil como um todo cresceu apenas 12%.
O “New York Times” conta a história do município paraense de Parauapebas. Segundo o jornal, a cidade passou “de um fronteira obscura com garimpeiros e tiroteios para uma área urbana em expansão com um shopping center com ar-condicionado, condomínios fechados e uma concessionária de picapes Chevy”.
O jornal mostra preocupação com o impacto desse crescimento sobre o meio ambiente. Segundo o “New York Times”, o governo brasileiro tenta conciliar o desenvolvimento econômico da região com o impacto ambiental.
“E enquanto o país registrou recentes progressos no combate ao desmatamento, em grande parte por fazer cumprir as leis de registro e delimitando áreas florestais, biólogos e pesquisadores do clima temem que o aumento acentuado de migração para as cidades na Amazônia, que hoje tem uma população aproximada de 25 milhões de pessoas, mine esses ganhos”, diz o jornal.
A reportagem aponta as hidrelétricas, a mineração e projetos industriais como pivôs do rápido crescimento. “É ótimo que as pessoas estão deixando a pobreza, mas uma das coisas que precisamos entender é que quando as pessoas saem da pobreza, há uma maior demanda por recursos”, disse ao NYT, Mitchell Aide, professor de biologia da Universidade de Porto Rico. Em seu estudo ele mostrou que o desmatamento ocorreu em maior escala do que o reflorestamento na Amazônia do Brasil na última década.
O jornal mostra a chegada de Maria Antonia Santos, de 34 anos, com seus seis filhos, a Parauapebas. Vinda do interior do Maranhão, ela diz que as cidades em desenvolvimento na Amazônia são “o melhor lugar para começar uma vida nova”.
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A imagem do Brasil lá fora é péssima! Para se ter uma ideia nos guias de turismo encontram-se informações a respeito da violência no Brasil e que isso acaba gerando uma imagem negativa do país O Rio, de Janeiro, hoje é uma cidade violenta, os guias alertam para que os turistas evitem a cidade e para o fato de que o país não preserva seu patrimônio.
Em reportagens a respeito do Carnaval, jornalistas incluem uma espécie de guia para o turista que queira enfrentar os quatro dias de folia, dando conselhos a serem seguidos; explica o que é o sambódromo; melhores dias e horários para ver os desfiles; preços; aconselha que o turista saia às noites, sem documentos, jóias ou valores.
Em um outro exemplo de dicas para o turista que viaja para a Amazônia, é proposto um guia com informações, do qual faz parte um pequeno dicionário onde explicam o que é rede de dormir, pororoca, caboclos, garimpo, borracha e oferece conselhos como: não confiar demais nos serviços turísticos da região; levar consigo uma rede de dormir e uma tela para mosquitos; levar soro antiofídico, calçar sapatos de cano alto e impermeáveis; vacinar-se contra malária e febre amarela, entre outros.
O brasileiro é visto como espertalhão e o comércio é uma organização que visa capturar o turista a qualquer custo, todos estes discursos são pertinentes à realidade brasileira embora inibam o número de turistas. Reportagens na televisão mostram turistas sendo roubados e espancados ou ainda sendo enganados na hora de comprar uma simples cerveja ou um souvenir.
Poucas são as cidades conhecidas no exterior, entre elas: São Paulo, grande metrópole, Rio de Janeiro, sensual e maravilhosa, a Praia de Copacabana é o lugar onde se joga o melhor futebol do mundo, porém onde se encontram inúmeras favelas e um grau de violência elevada, a Bahia, mística e religiosa, especialmente Salvador, conhecida pelos orixás, deuses da água e do fogo e a Amazônia com seus mitos, grandiosidade e descrições bizarras como:
“…árvores que caminham, plantas e animais monstruosos e sobrenaturais…. Pássaros que podem levar à loucura, vampiros que adormentam suas vítimas com o bater das asas…..Olhos vivos plantados na terra úmida geram plantas como o guaraná. Virgens soterradas, das tribos indígenas, concebem sem parir…”
O Brasil é por assim dizer uma terra de contrastes, como declara o jornalista à revista italiana Tutto Turismo no seguinte trecho:
“Terra de contrastes, maravilhosa e desesperada, destruidora, passional. É preciso viver e entender o Brasil antes, para depois amá-lo. Nele se encontra de tudo e o contrário de tudo. É selvagem como sua floresta amazônica e fascinante como suas mulatas, tremendamente pobre, embora imensamente rico, pagão nos ritos do candomblé, embora rigorosamente religioso. É o país das duas almas, de dois mundos que quase se tocam, mas que se encontram somente uma vez, quando começa o carnaval. E então é felicidade”.
Mas são apenas quatro dias de felicidade, e o restante do ano? Desigualdade e exclusão social, provenientes da falta de oportunidades, empregos, uma boa educação gratuita e maior preocupação dos governantes com investimentos no que diz respeito ao social e aos menos favorecidos, mais trabalho, menos corrupção, em todos os setores é necessário para que o povo brasileiro também trabalhe em prol da melhoria do país e conseqüentemente de sua imagem.
“O Brasil não é um país pobre, mas tem um número excessivo de pobres. É que apesar do seu alto grau de desenvolvimento, que o coloca entre as onze maiores economias do mundo, e a renda per capita de sua população, superior a de 75% da humanidade, 53 milhões de brasileiros vivem na pobreza. Pior: desse enorme contingente, 22 milhões encontram-se em condição de miséria”.