Por Ulisses Pompeu – de Marabá
A 28 dias das eleições municipais, o clima eleitoral está morno em Marabá e ainda não deu sinais de que pode esquentar na reta final da corrida eleitoral rumo à Prefeitura Municipal. Os desafiantes Manoel Veloso, Jorge Bichara e Rigler Aragão precisariam usar artilharia pesada contra o rival Tião Miranda, líder em todas as pesquisas de intenções de voto e ainda em enquetes virtuais (proibidas) divulgadas até mesmo por pessoas ligadas aos concorrentes de Miranda.
E não é só pesquisa que Tião lidera em Marabá. O candidato do PTB é também campeão de arrecadação de recursos por intermédio de doações. Até o dia 31 de agosto, ele já havia recebido de pessoas físicas o valor total de R$ 108.500,00. O segundo colocado é o professor Rigler Aragão (PSOL), que recebeu R$ 2.550,00.
Em verdade, Tião Miranda recebeu uma doação polpuda de Braz de Oliveira Bueno, no valor de R$ 50.000,00. O próprio Tião casou em sua campanha um valor igual de R$ 50.000,00, enquanto Marcones José dos Santos Silva investiu R$ 5.000,00 e Jailson Ribeiro Pontes o valor de R$ 3.500,00.
No caso de Rigler, ele mesmo doou R$ 1.600,00 para sua campanha, além de outros cinco simpatizantes que engordaram um pouquinho a campanha do professor universitário.
No site do Tribunal Superior Eleitoral, até este domingo, ainda não constava doações para os candidatos Dr. Jorge Bichara e Manoel Veloso.
Entre os vereadores, o campeão de doações é Miguel Gomes Filho, o Miguelito, atual presidente da Câmara. Ele recebeu de 15 doadores voluntários a quantia de R$ 26.750,00; o segundo colocado é Coronel Araújo, que já recebeu R$ 20.000,0; em terceiro Ilker Moraes embolsou R$ 14.000,00 com doações.
Alguns candidatos, que já colocaram campanhas relativamente caras nas ruas, ainda não apresentaram prestação de contas preliminar à Justiça Eleitoral, como determina a nova legislação. Os candidatos a vereador têm limite de gastos definido pela justiça no valor de R$ 209.499,14. Já os candidatos a prefeito podem gastar, no máximo, R$957.770,76.
Parauapebas
Em Parauapebas, até agora, apenas um candidato apresentou à Justiça Eleitoral prestação de doações para sua campanha. E foi justamente o prefeito Valmir Mariano, que já recebeu R$ 67.400,00, de seis doadores diferentes, inclusive ele mesmo.
As empresas financiavam 90% ou até mais das campanhas eleitorais. Pela nova lei, elas não podem mais doar nenhum centavo. Tudo vai ter que ser feito com dinheiro do candidato, se ele tiver. Uma percentagem vai vir do Fundo Partidário, que é dinheiro público e varia entre partidos. Agora, doação mesmo, só de pessoa física. E aí as campanhas tiveram que mudar.