Um megapregão eletrônico previsto para o próximo dia 10, visando à aquisição de materiais médico-hospitalares, promete turbinar as unidades de saúde do principal município do sudeste do Pará. O pacote tem 340 itens, é orçado em R$ 18,242 milhões e já foi autorizado pelo prefeito Tião Miranda. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Mas o que, de fato, a Secretaria Municipal de Saúde quer comprar por esse valor? Tem um pouco de tudo, de itens baratos (ao preço de centavos), como pulseiras de identificação hospitalar, a itens salgados (que passam de mil reais), como o exaustor de ar para câmara escura, ao custo de R$ 5.101 a unidade, e o kit de laringoscópio adulto, que pode chegar a R$ 1.591.
Há ainda itens bastante conhecidos da rotina médica e dos hospitais, como o estetoscópio, lençóis de cama, oxímetro, máscara de oxigênio, algodão ortopédico, fitas adesivas, entre outros. Os itens que, em conjunto, são mais caros são os pacotes de compressas de gaze, que têm custo estimado em R$ 7,458 milhões.
Segundo a Prefeitura de Marabá, a compra abrange materiais imprescindíveis à promoção de ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e sem os quais as unidades de saúde marabaenses podem colapsar, já que não conseguiriam operacionalizar atendimento aos usuários. “A ausência desses materiais acarretaria consequências graves e incalculáveis, tanto ao município quanto aos munícipes, uma vez que resultaria em aumento considerável nos gastos devido à necessidade de compras emergenciais”, justifica o governo de Tião Miranda, em nota que acompanha o edital do pregão. Nas compras emergenciais, as empresas se aproveitam e sobem os preços para fornecimento imediato de produtos e serviços às prefeituras.
Aportes na saúde
No ano passado, a Prefeitura de Marabá aplicou R$ 250,263 milhões na saúde pública do marabaense, um investimento médio de R$ 870 por habitante. A atenção básica recebeu R$ 47,765 milhões, mas o maior aporte ficou a cargo da assistência médico-hospitalar e ambulatorial, que recebeu injeção de R$ 156,254 milhões. A área de vigilância epidemiológica teve investimentos de R$ 6,867 milhões, enquanto a área de suporte profilático e terapêutico acolheu R$ 5,009 milhões.