A primeira divisão do Campeonato Municipal de Parauapebas da temporada de 2020 gerou polêmica em sua decisão. O time do ASSERP que eliminou o Beira Rio nas semifinais, vencendo o jogo por 2 a 1, foi excluído da final da competição, já que escalou mais de cinco jogadores profissionais durante a partida, o que viola um dos artigos do regulamento da competição. O eliminado Beira Rio voltou para o campeonato para disputar a decisão, e de quebra, foi campeão para cima do Vila Romana, derrotando o adversário, por 2 a 1, no último sábado (19), no Estádio Rosenão, sendo o campeão.
Júnior Alvino, mais conhecido no futebol de Parauapebas como São-Paulino, que é vice-presidente e treinador do ASSERP, desabafou em suas redes sociais sobre a polêmica final da primeira divisão e a exclusão de sua equipe da competição. São-Paulino acredita que o ASSERP foi injustiçado pela Liga Esportiva de Parauapebas (LEP), instituição na qual organiza o Campeonato Municipal. A LEP teria acatado o recurso do Beira Rio, enquanto que a defesa do ASSERP teria sido negada.
“O Beira Rio Esporte Clube entrou com recurso contra o time do ASSERP alegando que estávamos participando do Campeonato Municipal de Parauapebas com um quantitativo maior que cinco jogadores profissionais, sendo que pela norma podemos jogar com até cinco atletas. Correto, estávamos inocentemente com um quantitativo maior que cinco jogadores profissionais, mas afirmo que fui orientado via WhatsApp com áudio pelo diretor de esporte da LEP – que todos os jogadores que moram em Parauapebas, mesmo que sejam profissionais e forem atuar no PFC ou no CAP, não contariam como profissionais nesse campeonato amador de Parauapebas”, afirmou São-Paulino, indignado com a exclusão do ASSERP.
O vice-presidente ainda afirma que na semifinal envolvendo as duas agremiações, Beira Rio e ASSERP, é que no confronto o time do Beira Rio também estava atuando com mais de cinco jogadores profissionais, não só na semifinal, mas durante todo o Campeonato Municipal da primeira divisão. Segundo São-Paulino, a orientação da própria LEP foi fundamental para a escalação dos atletas profissionais, e que ambos os times estavam com número a mais de jogadores, ou seja, as duas equipes estariam irregulares.
“Por conta da orientação do diretor, convocamos cinco jogadores moradores de Parauapebas, que são profissionais, e ciente que não iriam contar como profissionais. Contratei mais cinco atletas de fora, confiando na palavra do diretor. O Beira Rio entrou com recurso alegando o incidente citado acima, o recurso foi aprovado pelo diretor da Liga Esportiva, que “coincidentemente” é diretor do time Beira Rio. Afirmo que o time do Beira Rio estava irregular com mais de cinco profissionais inscritos no campeonato”, desabafou São-Paulino.
O Blog do Zé Dudu que preza pela imparcialidade em suas matérias, procurou a Liga Esportiva de Parauapebas para ouvir a sua versão da polêmica. O presidente da LEP, Márcio Hartmann, esclareceu que a punição do ASSERP foi por ter escalado um número excessivo de jogadores profissionais para a partida diante do Beira Rio, o que fere o regulamento da competição. Segundo um os dos artigos, apenas cinco atletas profissionais podem adentrar em campo.
“A posição da Liga Esportiva de Parauapebas sobre a questão é a seguinte. A perda de pontos do ASSERP se deu em relação a escalação de um número elevado de jogadores profissionais para o confronto diante do Beira Rio pelas semifinais do Campeonato Municipal da primeira divisão. Isso é contra o regulamento e todos que participam estão cientes”, disse Márcio Hartmann, presidente da Liga Esportiva de Parauapebas.
Por Fábio Relvas