Está marcado para esta quinta-feira (10), o julgamento de três acusados de envolvimento no assassinato da comerciária Ana Karina Guimarães, assassinada em 2010, em Parauapebas. O julgamento foi confirmado pelo Tribunal de Justiça do Pará pedido da defesa dos réus.
O julgamento estava incialmente marcado para acontecer em Parauapebas. No entanto, a defesa dos réus alegou que o município não oferecia a proteção suficiente aos acusados e o TJPA atendeu ao pedido de desaforamento, que é a mudança de comarca.
Quando foi morta, Ana Karina tinha 29 anos e estava grávida, no nono mês de gestação. Um dos principais envolvidos no crime é Alessandro Camilo, que era o pai da criança.
Até hoje, apesar das buscas que foram feitas e investigações, o corpo da jovem e do bebê nunca foram encontrados. Alessandro Camilo é apontado pelo Ministério Público do Pará (MPPA) como mandante do crime e teve pedido de habeas corpus negado.
Segundo o MPPA, ele teria planejado o assassinato com o apoio de sua noiva, Graziela Barros de Almeida, e atraído à vítima para uma emboscada. O acusado, sob o argumento de que repassaria uma quantia em dinheiro à Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros dois acusados no processo, apontados como executores da comerciária.
Ana Karina, segundo as investigações, foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada de uma ponte no Rio Itacaiúnas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio. Na época, foi feito buscas no rio, mas nada foi encontrado.
Tina DeBord