Na madrugada deste sábado (14), por volta das 3h30, o indivíduo Gabriel Felipe de Campos, 25 anos, morreu durante um flagrante de tráfico, em uma cada da Avenida Perimetral Norte, no Bairro Liberdade. Abordado dentro do imóvel, em vez pegar uma mochila com drogas e entregar a policiais militares integrantes de uma guarnição, ele apontou um revólver calibre 38 para os PMs. Diante da ameaça, foi baleado e morreu.
O caso começou quando a guarnição estava em rondas pela Rua do Arame, no Bairro Rio Verde, e recebeu informação, de um transeunte, de que próximo dali, em um bar, duas mulheres, uma delas grávida, estavam vendendo drogas.
No local, os PMs abordaram, conforme a descrição dada pelo informante, Mirlen da Silva Rodrigues e Atalice Teodora Peniche, com esta última foram encontradas dez trouxinhas de maconha, pesando 24,9 gramas, dois saquinhos com crack, pesando 8,8 gramas, e 80 reais. Imediatamente, ela tentou se defender afirmando que o entorpecente pertencia a um homem cujo nome não quis revelar.
Indagada sobre seu documento de identidade, Atalice Peniche disse que estava na casa dela, mas levou os policiais a três endereços diferentes, e, no último, Mirlen Rodrigues interferiu e deu o endereço de uma irmã de Atalice, com quem a mulher realmente morava.
Na casa, em que ingressaram com permissão da dona, os policiais entraram em um quarto em que estava um homem, depois identificado como Gabriel, e indagaram se ali havia drogas. Ele disse que sim e afirmou que estavam em uma mochila, sendo orientado pelos PMs a pegar bolsa e entregar. Gabriel, porém, achou melhor apanhar um revólver e apontar para os policiais que atiraram nele.
Na mochila havia 12 barras pequenas, uma barra grande e quatro trouxinhas de maconha, pesando no total, 1 quilo e 299 gramas, mais 15 trouxinhas de crack, pesando 156 gramas, e duas balanças de precisão.
Pai não tinha contato com Gabriel desde o ano passado
Na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, Rogério Alves de Campos, pai de Gabriel, disse que só por volta das 10h30 deste sábado foi avisado da morte do filho, por uma mulher de prenome Jamile, com quem o rapaz tinha uma filha.
Contou que sabia que o filho tinha envolvimento com drogas e que, inclusive, era foragido da Justiça, após não retornar para um presídio de Belém, depois de ter sido beneficiado em saída temporária na Semana Santa, no ano passado.
Rogério Campos disse que, desde então, não tinha contato com o filho. Nem mesmo sabia onde Gabriel Felipe morava nem tinha conhecimento de que ele possuía arma de fogo.
(Caetano Silva)