193, esses número é muito familiar e de uma grande importância para quem precisa de socorro em diversas circunstâncias da vida, seja acidente de trânsito, doméstico, incêndios, afogamentos ou em situações de qualquer outra natureza. Discando esse número você fala diretamente no Corpo de Bombeiros. Quem nunca ouviu dizer que um militar ajudou a realizar um parto, por exemplo? Acontece que, em alguns casos, o número de emergência do Corpo de Bombeiros torna-se alvo de brincadeiras infantis.
O 16º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Canaã dos Carajás possui hoje um efetivo de 50 militares que têm á disposição o número 3358-1541 para atender a população, daí, segundo o Comandante Charles de Paiva Catuaba, o motivo para que o número de trotes não seja tão significativo, devido à cobrança da taxa. “A gente tem um número não tão significativo, até mesmo porque o nosso número não cai diretamente no 193, é um número residencial e isso acaba que inibindo ou evitando os trotes, esse é um ponto positivo. Ainda sim a gente recebe ligação de ocorrências inexistentes, mas a gente acaba fazendo o deslocamento”, destacou o Major.
Engana-se quem pensa que são apenas as crianças que efetuam essas ligações falsas. Em alguns casos é comum os próprios adultos abrirem frente para esse péssimo exemplo.
Para os “sem noção” de plantão, essa brincadeira pode ser considerada crime, já que o tempo gasto para atender a um trote poderia ser utilizado para socorrer alguém que realmente precise, e pode resultar em uma pena de seis meses de detenção, além do pagamento de multa, isso quando se trata de adultos. Já no caso de crianças, a dica é a educação que deve iniciar em casa. Elas devem estar cientes da seriedade do trabalho prestado pela corporação.
“Mas é interessante falar assim de trote, porque ele não entra unicamente pelo telefone, muitas das vezes as pessoas param na frente da unidade ou da alguns dos nossos veículos e informam a ocorrência. Infelizmente, o que espanta a gente é que são pessoas já adultas que agem de má-fé com o único objetivo de trazer um transtorno e isso implica em uma situação real, onde a equipe deixa de atender uma ocorrência verdadeira, podendo até deixar de salvar vidas e trazer um transtorno futuro no tempo de resposta de um evento que realmente necessite de nossa intervenção”, concluiu o Major.