Três dos 27 governadores do País entraram no último ano de sua administração com o mandato em jogo no Tribunal Superior Eleitoral. Ivo Cassol (PP), de Rondônia, Marcelo Déda (PT), de Sergipe, e Carlos Henrique Gaguim (PMDB), de Tocantins, serão julgados pelos ministros eleitorais a partir de 1° de fevereiro, quando o TSE retoma o trabalho.
Rondônia
O caso de Ivo Cassol volta à pauta de julgamentos já nas primeiras sessões. Por enquanto, o placar está empatado com um voto a favor da cassação, do ministro Arnaldo Versiani, e um voto contra, do presidente do tribunal, Carlos Britto. O ministro Ricardo Lewandowski pediu mais tempo para analisar o caso no fim de novembro e interrompeu o julgamento, mas recolocará o processo na pauta do TSE já em fevereiro.
Ivo Cassol (PP) é acusado de compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2006. Segundo o Ministério Público, testemunhas afirmam que partidários do governador procuraram funcionários de uma empresa de vigilância que prestava serviços para o governo e ofereceram R$ 100 em troca do voto. Ainda segundo a acusação, a quebra de sigilo de funcionários da empresa de vigilância mostrou que centenas de depósitos de R$ 100 foram feitos em agências do Banco do Brasil uma semana antes das eleições.
Sergipe
O processo contra o governador sergipano Marcelo Déda deve ser julgado em seguida. A Procuradoria Eleitoral sustenta que quando era prefeito de Aracajú, Déda, então candidato ao governo, montou “um esquema de promoção pessoal com nítido objetivo eleitoral, configurando abuso de poder político, ou de autoridade, e econômico”. A defesa do governador sustenta que todas as acusações já foram julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, instância anterior ao TSE, e ele foi absolvido.
Tocantins
Já Carlos Henrique Gaguim, de Tocantins, é alvo de representação do DEM. Ele assumiu o governo por meio de eleição indireta feita em setembro, para substituir o governador cassado Marcelo Miranda (PMDB).
Eleições na Justiça
Dos 27 governadores eleitos em 2006, oito tiveram o mandato contestado no TSE. No ano passado, o tribunal cassou o mandato de três governadores e absolveu outros três de acusações de abuso de poder e compra de votos. Os governadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB), de Santa Catarina, Waldez Góes (PDT), do Amapá, e José de Anchieta Júnior (PSDB), de Roraima, foram absolvidos.
Além de Marcelo Miranda, de Tocantins, o tribunal cassou os mandatos dos governadores da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), e do Maranhão, Jackson Lago (PDT). Os governadores José Maranhão (PMDB), que assumiu o governo paraibano, e Roseana Sarney, que entrou no lugar de Lago no governo maranhense, também foram alvo de representação no TSE, mas elas foram arquivadas.
1 comentário em “Três governadores entraram 2010 com o mandato em jogo no TSE”
Olá Par todos.As vezes eu fico pensando ,posso estar errado, que a primeira instancia do poder jud só serve para o menos favorecidosm pois não possuem como recorrer as superirores. como disse um cert preso , só fica preso quem nõ tem dinheiro, estouj quase acreitango. até estou escrevendo errado.