Raika Carla Souza Araújo, de 44 anos de idade, foi presa em flagrante e conduzida para a Delegacia de Polícia Civil de Tucumã, no final da tarde de quinta-feira (3). Ela é acusada de ter assassinado seu companheiro Wilkens Alves dos Santos também de 44 anos, como um golpe de faca no pescoço.
De acordo com Boletim de Ocorrência registrado na DP pelo irmão do morto, José Dilson Alves dos Santos, ao chegar à casa do casal, ele já encontrou Wilkens sem vida, na cama, todo ensanguentado. Em seguida, Raika contou para ele que o companheiro havia sido esfaqueado após desentendimento com um cliente do bar, de propriedade dela, que funciona na parte da frente do imóvel.
A Polícia Civil foi comunicada e também esteve na casa, pedindo informações a Raika Carla sobre o assassinato. Porém, os policiais notaram que ela entrou em contradição várias vezes, ao narrar o caso e quanto à identificação do suposto assassino, e continuaram a fazer perguntas a fim de colher detalhes do assassinato.
Mais adiante, após tantas explicações contraditórias e sem mais como mentir, Raika Carla resolveu contar a verdade e confessar o crime. Disse que ela e Wilkens brigavam constantemente e que, nessas ocasiões, ela a agredia fisicamente. E, na quinta-feira, após mais uma briga, ela o esfaqueou enquanto ele estava dormindo, mas tentou amenizar a situação, alegando que estava sob efeito de bebida alcoólica ao cometer o esfaqueamento.
Entretanto, após confessar o crime, ela tentou mudar a versão, contando uma história que não convenceu o delegado Rafhael Machado nem os investigadores Luiz e Thiago, e o escrivão Douglas Gonçalves: disse que estava lavando louças na pia, em meio a mais uma discussão, quando o companheiro chegou por trás e ela imaginou que ele iria agredi-la. Então, por cima do ombro, levou a faca para trás, “acertando, acidentalmente”, o pescoço de Wilkens. Após a narrativa “furada”, Raika Carla recebeu voz de prisão e foi conduzida para a Depol, onde aguarda uma decisão da Justiça.
O interessante é que, mesmo já presa, quando abordada por repórter policial de uma emissora de TV, ela continuou sustentando a versão da facada acidental e afirmando que “nunca teve a intenção de matar o companheiro”, muito menos premeditou o crime. Acredite quem quiser.
Eleuterio Gomes – de Marabá, com informações do repórter Jucelino Show, de Tucumã