Está marcada para abril a licitação da conta da publicidade da Prefeitura de Tucuruí, a 12ª mais rica do Pará e que comanda serviços de utilidade pública para quase 120 mil habitantes. O governo de Alexandre Siqueira busca uma interessada em gerenciar R$ 2,2 milhões distribuídos na prestação de serviços de vários entes que compõem o Poder Executivo municipal. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu e podem ser conferidas aqui.
A divulgação mais cara será a da prefeitura, orçada em R$ 1,58 milhão, enquanto a publicidade da Secretaria de Saúde sairá por R$ 300 mil. A Secretaria de Educação, a de Assistência Social, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e a Companhia de Trânsito e transporte Urbano de Tucuruí (CTTUC) têm, cada uma, gastos estimados em R$ 80 mil com a comunicação social de suas ações.
De acordo com o governo, os serviços de divulgação serão destinados ao fortalecimento da imagem da Prefeitura de Tucuruí, com foco, também, em aumentar o relacionamento do Poder Executivo com a sociedade, por meio da publicidade dos serviços sociais entregues aos cidadãos, respeitando-se princípios consagrados na Constituição e a racionalidade dos recursos públicos.
A agência contratada será responsável por estudo, planejamento, conceituação, concepção, criação, execução interna, intermediação e supervisão da execução externa e distribuição de publicidade aos veículos e demais meios de divulgação, com o intuito de atender ao princípio da publicidade e ao direito à informação, de difundir ideias, princípios, iniciativas ou instituições ou de informar o público em geral.
Azarada com publicidade
A Prefeitura de Tucuruí não andou tendo muita sorte no passado recente com relação a gastos na área da comunicação social. De três contratações que tentou efetivar, duas — as mais gordas — foram por água abaixo.
No início do ano passado, o governo municipal abriu contratação de agência por R$ 2,46 milhões (veja aqui), mas a concorrência foi anulada. Mais tarde, em abril, no início da pandemia de coronavírus, fez uma dispensa de licitação no valor de R$ 978,5 mil (veja aqui) para contratar serviços de publicidade, mas o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) mandou o então prefeito Artur Brito suspender. Só, enfim, no mês de junho conseguiu emplacar uma dispensa de licitação de R$ 500 mil (veja aqui) a pretexto de divulgar ações de enfrentamento à Covid-19.