Criada por decreto em 02 de fevereiro de 1998, a Floresta Nacional de Carajás comemora 27 anos este mês oferecendo um presente incrível para quem aprecia aventuras em meio à natureza e ainda pode pernoitar dentro dela: o Camping Refúgio da Canga, com capacidade para receber até 40 barracas num espaço próximo a cachoeiras e ao Mirante do Vale do Rio Azul, de onde é possível contemplar a beleza e magnitude da floresta com mais de 350 mil hectares e onde se encontram uma fauna e flora que somente existem nesse lugar do planeta.
Com a presença da diretoria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), representantes da Vale, do prefeito Aurélio Goiano e secretários municipais, a inauguração do Refúgio da Canga foi simbólica. O espaço será aberto ao público dentro de três depois de concluídos os processos abertos, por meio de editais, para a escolha de pessoas físicas e jurídicas que irão fornecer serviços no camping, como, por exemplo, alimentação e até aluguel de bicicletas.
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“É um processo chamado de permissão, uma espécie de concessão aberta no edital público em que pessoas físicas e jurídicas vão poder concorrer para fornecer esse serviço de gestão aqui do camping. Uma vez instituído esse serviço, qualquer pessoa poderá acionar essa empresa ou esse grupo, que for selecionado, para agendá-lo”, explica André Luís Macedo Vieira, chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) do ICMBio.
Os editais são públicos e abertos para o Brasil, “mas a gente torce para ganhar uma empresa ou pessoas, grupos de Parauapebas, para fornecer esses serviços e reforçar esse vínculo com a floresta”, diz Vieira, para informar que o camping está interligado a várias trilhas. Somente uma delas tem 23 quilômetros de percurso. “Pode ser feita a pé, para quem tiver disposição, e pode ser feita de forma de bicicleta também”, sugere ele.
Enquanto a abertura pública do “Refúgio da Canga” é mantida no compasso de espera, as trilhas continuam em plena atividade. O ICMBio tem 40 condutores cadastrados para guiar os visitantes por caminhos incríveis e fascinantes dentro da Floresta de Carajás. “A população pode procurar os condutores para realizar visitas guiadas, visitar as cachoeiras, as áreas de ocorrência natural da flor de carajás, visitar os mirantes. Esses serviços estão todos disponíveis”, informa André Vieira.
Para contratar os condutores, os interessados podem acessar o site da prefeitura, no endereço: https://parauapebas.pa.gov.br/lista-de-condutores-icmbio/
Floresta pertence a todos
Para o ICMBio, a inauguração do camping é um “marco simbólico” em Carajás por democratizar o acesso da população a uma floresta de enorme importância para o ecossistema, consequentemente, para o equilíbrio do planeta, mas ainda pouco conhecida pela própria população de Parauapebas e região até pelas dificuldades de acesso impostas para visitação.
O ICMBio trabalha para reverter isso, oferecendo estruturas que visam criar “sentimento de pertencimento” na população, conforme define André Vieira: “A Flona Carajás é uma área pública, é uma área da sociedade, de todos nós, e esse sentimento de pertencimento é muito importante de modo que a sociedade possa se empoderar para, de fato, acessar e usufruir dessa natureza, de todos esses atributos ambientais, da qualidade de vida que isso aqui pode oferecer. Então, o camping é um processo importante para isso”.
Na inauguração do camping, o prefeito Aurélio Goiano reconheceu e elogiou o trabalho do ICMBio da mesma forma que defendeu a democratização de acesso à Flona Carajás. “A Prefeitura de Parauapebas, na minha gestão, estará de portas abertas para dar o que for necessário para isso aqui não ficar escondido”, afirmou o gestor.
Plano de Desenvolvimento do Turismo
Também presente na inauguração, a secretária municipal de Turismo, Francisângela Resende, anunciou que nesta sexta-feira (07) irá entregar ao prefeito o Plano de Desenvolvimento do Turismo de Parauapebas, o Prodentur, com ações de curto, médio e longo prazos.
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“Vamos apresentar para o prefeito o que a gente pretende implantar e como a gente pretende implantar. Nós temos que buscar muitas parcerias porque muitos atrativos vêm através da PPP, a Parceria Público e Privado. E a gente tem a área para isso”, enfatizou a secretária, convicta de que Parauapebas tem vocação para o turismo de natureza. “Nossa característica é o ecoturismo. Precisamos fazer disso nossa matriz econômica”, defendeu Francisângela Resende.
Texto e fotos: Hanny Amoras (Jornalista/MTb – 1.294)