No G1, site de notícias da Globo, li agora a pouco que assumiu o cargo de desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, no Paraná, que inclusive contou com a presença do ilustre presidente Lula, o deficiente visual, juiz Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, 50 anos.
Ele é o primeiro juiz cego do Brasil e foi escolhido por meio de uma lista apresentada pelo TRT, depois de já ter sido barrado no exame médico para uma vaga no TRT de São Paulo, em 1989. Segundo informações da Agência Brasil, ele é casado e pai de duas filhas.
Deixando de lado o sensacionalismo da matéria, essa seria uma daquelas notícias onde deveríamos chamar os nossos filhos, saudáveis e inteligentes, e mostrar-lhes, com o simples objetivo de apontar que nessa vida, nada se consegue com facilidade. E, até mesmo, analisarmos se seríamos capazes de ter tanta força de vontade para alcançar êxito naquilo a que nos propomos realizar.
Inúmeras são as vezes em que nos desviamos de metas preestabelecidas simplesmente porque encontramos algum obstáculo. A posse de um desembargador cego vem nos mostrar que nessa vida nada é impossível, desde que tenhamos força, espírito de luta e perseverança.
A luta desse juiz não termina com sua posse. Ele terá ainda que provar que é competente e capaz de exercer a sua função com brilhantismo, não poderá ser “apenas mais um magistrado”. Terá que ser o melhor, pois vivemos em uma sociedade conservadora, que cobra muito mais direitos do que cumpre deveres, infelizmente.