A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) vai ofertar 1.100 novas vagas em 32 cursos de graduação, em 2017. O Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aprovou durante a última reunião ordinária realizada no mini auditório do PDTSA, a minuta do edital do processo seletivo de ingresso nos cursos de graduação por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para o ano que vem. O edital deve ser divulgado até o final de novembro.
Serão ofertados no campus de Marabá os cursos: Agronomia, Ciências Econômicas, Direito, História, Ciências Sociais, Geografia, Pedagogia, Física, Matemática, Química, Ciências Naturais, Sistemas de Informação, Geologia, Engenharia de Materiais, Engenharia de Minas e Meio Ambiente, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia da Computação, Engenharia Química, Psicologia, Ciências Biológicas, Saúde Coletiva, Letras – Língua Inglesa, Letras- Língua Portuguesa e Artes Visuais.
No Campus de Xinguara será ofertado o curso de História; no campus de Rondon do Pará serão ofertados os cursos de Administração e Ciências Contábeis, Matemática; no campus de Santana do Araguaia o curso de Matemática. No Campus de São Félix do Xingu, o curso de Letras-Língua portuguesa.
Bonificação de 20%
O Consepe aprovou a resolução N.º 94/2016, que estabelece parâmetros para a utilização do SiSU em 2017, mantendo a bonificação de inclusão regional. A medida tem como objetivo estimular o acesso à universidade pelos estudantes que residem nos municípios que integram as regiões de influência nas cidades onde a Unifesspa possui campus instalado, além de Imperatriz e Araguaína. Para esses candidatos que tenham cursado pelo menos um ano do ensino médio nessas regiões, será atribuído um acréscimo de 20% na nota final do ENEM. A Unifesspa também adotará, para todos os cursos, a reserva de 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, em cumprimento à lei 12.711/2012 (Lei das Cotas).
Por maioria dos votos, os conselheiros aprovaram a manutenção do bônus, ressaltando a importância do critério de inclusão regional para a democratização do ensino superior. “Essa bonificação tem por trás um aspecto social e econômico muito importante, um significado, mostrando que a Unifesspa tem estratégias e mecanismos concretos que criam a possibilidade da inclusão”, defendeu o professor José Stênio, professor do Instituto de Estudos em Desenvolvimento Agrário e Regional (IEDS), acompanhado pela maioria dos conselheiros na votação pela manutenção do bônus.
Queixas
O Consur já manifestou recentemente posição contrária à Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, recentemente renumerada para PEC 55/2016 no Senado Federal. Na visão da Unifesspa, A PEC 241, cujo teor configura o congelamento, por 20 anos, dos gastos públicos sociais, representa seríssimo retrocesso ao projeto de nação almejado pelo povo brasileiro. “Ela inviabilizará o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE) que apresenta a meta de investimento mínimo na ordem de 10% do PIB na educação, bem como as metas referentes ao plano de expansão do ensino superior federal. Por conseguinte, essa grave retrogradação na agenda social estipulada às universidades federais atingirá sobretudo as mais novas”.
Com a sua existência, em pouco mais de três anos, dobrou-se o número de alunos, passando-se de 2.360 em 2013, para 4.678 em 2016. Ademais, foram criados 16 novos cursos de graduação e o número de servidores (professores do magistério superior e técnicos administrativos em educação) saltou de 182 para 483, nesse período.
Também, houve melhora na infraestrutura com a ampliação da área construída e a criação de novos laboratórios. Decerto, uma ampliação significativa para o processo de implantação, porém, ainda insuficiente para atender às necessidades da crescente comunidade acadêmica.
O fato, portanto, é que a Unifesspa ainda não está consolidada. Em 2017 e 2018, devem ingressar mais de dois mil alunos na graduação, dos quais mais da metade dos ingressantes serão dos cursos novos criados a partir de 2014, e que só registrarão as primeiras egressões em 2018.
“Para garantir a integralização dos novos cursos, são necessários mais de 80 laboratórios e a ampliação da área construída para 42 mil m². Também é urgente a contração de novos professores e técnicos administrativos”, diz nota do Consur.