Programas de Pós-Graduação da Unifesspa receberam aumento na nota dos cursos após avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O resultado foi divulgado na segunda-feira (12) e apontou que quatro dos 13 programas de pós-graduação da Unifesspa subiram suas notas, dois acadêmicos passaram de 3 para 4 e dois programas profissionais em rede passaram de 4 para 5.
Os acadêmicos que tiveram aumento na nota de 3 para 4 foram: Programa de Pós-graduação Territoriais e Sociedade na Amazônia (PDTSA) e o Programa de Pós-graduação em Letras (POSLET). Já os profissionais que tiveram aumento de 4 para 5 foram: Programa Nacional de Mestrado Profissional em Ensino de Física (MNPEF) e o Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória).
De acordo com o pró-reitor de pós-graduação, pesquisa e inovação tecnológica (Propit), em exercício, Francisco Adriano Carvalho, atualmente a avaliação da Capes é quadrienal (2017-2020) na qual as 49 áreas de conhecimentos da Capes avaliam os programas em três eixo: programa, formação e impacto na sociedade.
“Os resultados da avaliação periódica de programas de pós-graduação são expressos em notas, numa escala de 1 a 7, que são atribuídas ao Programa após análise dos indicadores referentes ao período avaliado. Esta análise é conduzida nas comissões de área de avaliação e, posteriormente, no Conselho Técnico Científico do Ensino Superior (CTC-ES), que homologa os resultados finais”, explica.
Ainda segundo Adriano, o resultado obtido pelos programas de pós-graduação na avaliação quadrienal da Capes (2017-2020) demonstra todo o esforço empenhado. “Esse resultado reitera o esforço da Unifesspa e o nosso posicionamento de aprimorar e ampliar o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação tecnológica”, destaca.
“Também é um reconhecimento de que estamos produzindo um trabalho com maior qualidade e na direção certa. Mesmo tendo uma trajetória recente na pós-graduação, nossos programas demonstram uma evolução permanente na qualidade e na expansão da oferta de cursos de pós-graduação na região do sul e sudeste do Pará”, salienta.
Para a coordenadora do PDTSA, Andrea Hentz, o conceito 4 representa todo o esforço e união de um colegiado e corpo discente que nos últimos anos trabalharam incansavelmente.
Ela diz que, para compreender a importância da nota 4 para o PDTSA, é necessária a realização de um resgate histórico. Com a criação da Unifesspa, o PDTSA, existente desde 2011 (quando ainda UFPA), integrou-se à estrutura institucional do Instituto de Ciências Humanas (ICH), e no decorrer dos anos, as coordenações e os professores membros do colegiado trabalharam para o fortalecimento e consolidação estratégico do programa.
“Apoiados e incentivados, o corpo docente e discente, a partir de 2017, ocasião da primeira avaliação quadrienal, passa a pensar e planejar formas de alcançar maior visibilidade, aderência, atualização das áreas de concentração do programa, internacionalização, linhas de pesquisa e aprovação de projetos vinculados a grade curricular, buscando assim, melhorar a cada ano, a infraestrutura física do PDTSA e o aprimoramento intelectual, através das suas publicações equalizadas e de fator de grande impacto, como preconiza a Capes”, explanou.
Sobre a possibilidade de implantar o programa de doutorado Andrea Hentz explica que esse é um passo muito importante e muito maior. “Nestes 10 anos de existência, formamos 178 mestres, e com a nossa missão acadêmica e social, o PDTSA tem desenvolvido por sua proposta, seus objetivos e seus projetos a consolidação, em uma região com reduzida tradição em pós-graduação”.
Outra pesquisadora a comemorar o aumento da nota pela Capes, foi ex-coordenadora do POSLET, Renata Dalmaso, que destacou que o aumento da nota reflete um programa que, apesar de jovem, já demonstra amadurecimento. “Significa um reconhecimento do trabalho de docentes e discentes, além de apontar para o potencial de crescimento na região e no país. Como qualquer programa novo, tivemos muitos desafios a enfrentar, fora a pandemia, então a perspectiva agora é da continuação desse trabalho em circunstâncias mais favoráveis, o que é muito promissor”.
O atual coordenador do Poslet, Abilio Pachêco, lembra que esse reconhecimento o programa passa a ter critério para enviar a proposição para a instalação de um curso de doutorado. “Desde julho, tínhamos esta expectativa e já iniciamos a redação da proposta com o auxílio das instituições parceiras no Procad-AM (UFNT e UFRGS). Com a concretização da nota 4, o colegiado do programa vai criar uma comissão para dar continuidade à redação da proposta. Se tudo der certo, quem sabe tenhamos um programa de doutorado em Letras na Unifesspa em 2024”, enfatiza.
“O resultado dos nossos conceitos na pós-graduação é fruto de muito trabalho dos docentes e discentes envolvidos nos programas. Sabemos que é um trabalho árduo, mas fundamental para o amadurecimento da nossa instituição, para a fixação de pesquisadores aqui no interior da Amazônia e para o desenvolvimento da região, e a elevação dos conceitos é reconhecimento disso. Agora, poder nos candidatar para ofertar doutorado significa que vamos nos firmar no rol das instituições que produzem conhecimento de ponta”, avalia o reitor da Unifesspa, professor Francisco Ribeiro.
(Ascom Unifesspa)