Unifesspa instala cinco usinas de energia solar em três campi

Universidade, que consome 170 mil Kwh/mês, investiu mais de R$ 730 mil e vai economizar 45 mil Kwh/mês

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A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará adquiriu 5 Usinas de Geração de Energia Solar que são um conjunto de placas (painéis fotovoltaicos interligados que vão gerar energia) que já estão sendo instaladas desde o início deste mês de janeiro. Uma usina será instalada em Rondon do Pará, 1 em Xinguara e 3 em Marabá. Na sede serão instaladas 2 na Unidade II sendo distribuídas no prédio de 4 pavimentos e no Galpão de Laboratórios e a outra no prédio de 4 pavimentos da Unidade III.

A partir da produção de energia solar fotovoltaica, a Unifesspa vai poder vender energia para a própria concessionária do estado – a Celpa, num sistema interligado à rede. A Unifesspa investiu R$ 737.980,00 na aquisição dessas Usinas de Geração de Energia Solar que possuem 30 anos de vida útil.

Segundo o secretário de Infraestrutura da Unifesspa, Lucas França, até a primeira quinzena de fevereiro tudo estará em pleno funcionamento e a Unifesspa, que hoje consome 170 mil Kwh/mês, com essas Usinas de Geração de Energia vai economizar 45 mil Kwh/mês. “Isso nos possibilitará uma economia de energia e principalmente recursos”, disse o secretário.

Ainda segundo França, toda a equipe da secretaria de Infraestrutura tem trabalhado em questões decisivas para ampliar a eficiência energética da Unifesspa. Entre essas ações destacamos as ações retrofit. O termo parece estranho, mas ele foi inaugurado na Europa, vem do latim e significa “colocar o antigo em forma”, ou seja, reestabelecer algo que esteja obsoleto para uma estrutura nova, mais moderna. O retrofit é mais do que uma simples reforma, é uma série de ações de modernização, envolvendo reestilização e/ou readequação de instalações. O objetivo é manter o que há de bom nas edificações e melhorar aquilo que precisa ser removido, readequando as edificações às exigências da legislação atual, e por consequência estendendo seu prazo de vida útil.

“É uma resposta da Unifesspa à sociedade, dando exemplo no coração da Amazônia, construindo prédios mais eficientes e acessíveis a toda comunidade acadêmica. Felizes em ter apoio de todos para o desenvolvimento desses projetos que vão promover a inovação, sustentabilidade, o desenvolvimento econômico e social dentro da nossa Universidade”, diz Lucas França.

Atualmente, no Brasil, qualquer tipo de consumidor de energia elétrica, seja ele residencial, comercial, industrial ou Agro, pode se tornar um autoprodutor de sua energia através das regras do segmento de geração distribuída (GD). Ele foi definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) em sua Resolução Normativa nº. 482, de 17 de abril de 2012, a qual regulamentou o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica nacionais, sendo atualizada posteriormente pela Resolução Normativa nº 687, de 2015.

Dessa forma, todo consumidor ativamente cadastrado no Ministério da Fazenda por um CPF ou um CNPJ, tem concessão para conectar um sistema gerador de energia elétrica próprio, oriundo das fontes hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, paralelamente às redes de distribuição das concessionárias.

TROCA DE LÂMPADAS

Na Unifesspa, os prédios que tinham lâmpadas incandescentes ou fluorescentes ganharam lâmpadas de led que além da redução no consumo de energia e dos baixos custos de manutenção, a nova tecnologia melhora a qualidade de vida da comunidade acadêmica, haja vista que um ambiente bem iluminado – orienta melhor os pedestres, motoristas e ciclistas, além de contribuir para a segurança de todos.

As telhas da Universidade possuem tratamento térmico (termoacústica), sendo mais eficiente no equilíbrio da temperatura ou no combate do barulho. Os prédios novos da Universidade ganharam películas reflexivas que reduzem a entrada de calor. As máquinas e equipamentos novos da Unifesspa são padrão “A” – que combatem e reduzem o desperdício de energia elétrica e promovem eficiência energética da instituição.

A equipe da Sinfra desenvolveu ainda em 2017 uma cartilha para conscientização de toda comunidade acadêmica, quanto ao meio ambiente e sustentabilidade dentro da Unifesspa. Por exemplo, aparelhos na tomada, porém desligados, consomem uma pequena quantia de energia, mas também consomem. A proposta é que todos ao sair dos ambientes, desliguem os equipamentos para que a economia seja ainda maior.

Outro destaque importante é quanto à pesquisa do servidor da Unifesspa que é engenheiro eletricista Dhonny Lima da Silva. Através de um Programa de Mestrado da própria Unifesspa, ele realizou estudos de demandas e uma análise criteriosa para adequação da faixa de tarifação de energia. Por meio da sua dissertação de Mestrado intitulada: “Uma metodologia para enquadramento tarifário eficiente, por meio da análise da demanda e do consumo de energia elétrica: um estudo de caso nas Unidades da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará” e desse acompanhamento do contrato da concessionária por 12 meses contínuos, foi possível reduzir em 21,80% o consumo de energia elétrica dentro da Unifesspa e a implantação de energia limpa.

“A Unifesspa promove a sustentabilidade através de todas essas ações porque a cada dia mais os problemas ambientais estão afetando a qualidade de vida do homem. A compreensão é de que os recursos naturais podem acabar e seu uso consciente é fundamental para não comprometer a vida das futuras gerações”, concluiu Lucas França.