Em Belém, a professora e doutora em antropologia Daniela Cordovil (foto), que dava aulas de religião afro na Universidade Estadual do Pará, foi afastada pela direção da Universidade por denuncia de racismo. Ela foi para a delegacia depois de chamar de macaco o segurança Rubens dos Santos.
A confusão começou quando Daniela e um grupo de pesquisadores tentavam entrar em um evento da universidade. O segurança informou que o portão estava fechado por determinação da direção e orientou o grupo da professora a entrar por outro portão. Segundo os alunos, neste momento a antropóloga se descontrolou e ofendeu o rapaz.
Daniela responderá em liberdade por injúria racial e pode pegar até três anos de prisão. No depoimento prestado pelo vigilante, ele não teria citado que foi chamado de "macaco", por isso a professora só foi acusada por injuria simples. Mas depois de surgirem novos fatos o delegado Jaimes Moreira fez a correção do inquérito e a professora passou a ser acusada por injuria racial. Um estudante da Uepa filmou a professora repetindo agressão após ser provocada por ele. O vídeo será usado pela polícia na investigação.
Ontem, cartazes com dizeres que condenavam a atitude da professora e ressaltavam o orgulho negro foram afixados no portão da Universidade. A Ouvidoria da UEPA convocou ontem os três envolvidos no caso ( a acusada e as duas vítimas) para que prestassem depoimentos e encaminhará o mais brevemente possível a recomendação pela a instalação de uma sindicância à Reitoria para apurar o caso.
1 comentário em “Universidade do Pará afasta professora acusada de racismo”
Mostra que realmente racismo não é crime nesse pais, mais racista ainda é o vigilante que negou ter sido chamado de macaco, ou seja, deve ter vergonha de ser negro e não assumiu sua identidade e sua cor.
uma pena. Esse mulher deveria ser presa como manda a lei (na teoria)