O prédio da Unidade de Pronto Atendimento de Jacundá (UPA) está com as obras paralisadas desde o ano de 2016, o que tem causado polêmicas nas redes sociais com fotos, vídeos e mensagens que trata o assunto como descaso político. Na verdade, o processo de readequação está no Ministério da Saúde, em situação “a analisar”, desde agosto de 2019.
Para a transferência das instalações físicas da UPA para a Prefeitura Jacundá, um processo foi protocolado no Ministério da Saúde para readequar a rede física do Sistema Único de Saúde, oriunda de investimentos realizados pelos entes federativos com recursos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde. Outros 40 municípios estão na mesma situação. É o caso de Itupiranga, Igarapé-Miri e Dom Eliseu.
A UPA de Jacundá é considerada do tipo Porte I, para uma população acima de 50 mil habitantes e investimento financeiro de R$ 1,4 mi. Prevista para ser inaugurada ainda em 2016, até agora o canteiro de obras está abandonado, com mato alto, ferragens, entulho e uma estrutura de concreto que apenas indica o que seria construído ali, às margens da Rodovia PA-150.
A unidade foi habilitada em 5 de julho de 2010 como Porte I, possui área total de 6.800,00 m² e 1547,63 m² de área construída, o que corresponde a Porte III. De acordo com o Sistema de Monitoramento de Obras (SISMOB), a obra está 80% concluída, porém parada desde maio de 2012.
“A nossa intenção é transferir a estrutura de algumas unidades do município, principalmente o Hospital Municipal, cuja estrutura foi projetada para atender uma demanda de 10 mil habitantes, o que, mesmo com as adequações realizadas, nos limita a expansão de serviços e leitos que corresponda demanda de Jacundá hoje. Contamos com um uma população de 58.457, sem somar o contingente de municípios vizinhos que buscam por nossos serviços,” explica a secretária de Saúde, Lícia Souza.
Lícia explica também que a Prefeitura vem buscando alternativas junto ao Ministério da Saúde para adequar a finalidade da UPA às necessidades de Jacundá. “E estamos programando uma visita ao Ministério da Saúde em janeiro de 2020 para agilizar o processo de análise do pedido de readequação e, então, iniciar os ajustes necessários na estrutura física da UPA para receber as instalações do nosso Hospital Municipal”. (Antonio Barroso)