O prefeito de Canaã dos Carajás, Alexandre Pereira, decidiu afastar todos os secretários de governo envolvidos no processo de improbidade administrativa que tirou Jeová Andrade do poder. A decisão foi anunciada pelo prefeito em entrevista para uma rádio local, ao vivo, nesta segunda-feira (5). O afastamento dos cinco secretários foi comunicado a eles ainda na manhã desta segunda.
De acordo com Alexandre, a decisão foi tomada em um momento que a sociedade exigia respostas para os recentes acontecimentos. O prefeito afirmou ainda que todos os secretários afastados são pessoas idôneas, simples, humildes e que, por estarem servindo ao poder público, acabaram enquadradas nesse processo.
“Eu não posso fugir dessa situação: tenho que resguardar as suas imagens diante das pessoas e tenho que também acompanhar uma orientação jurídica e política. Partindo desse pressuposto, decidi afastar todos os cinco secretários envolvidos nesse processo. Aqueles que já eram concursados, voltam às suas funções de origem e aqueles que não foram concursados vão ficar afastados temporariamente, até que tudo se resolva. A decisão foi tomada hoje de manhã: nos reunimos no gabinete, choramos juntos essa situação. A principal intenção é preservar todos eles,” explicou o prefeito.
Sobre nomes para substituir os gestores, Alexandre também falou: “Estamos estudando a possibilidade de outros nomes para substituir esses secretários. Achei melhor que esse afastamento fosse feito, até que tudo se resolva, e nomear outras pessoas para os cargos, pois a gestão não pode parar. Acredito que amanhã (6), na sessão da Câmara, eu já vou ter condições de anunciar, pelo menos, quatro novos nomes.”
André Wilson, da Educação, Arleides de Paula, da Administração, Ana Cristina, do Desenvolvimento Social, Simone Aparecida, do Meio Ambiente e Dinilson Santos, da Saúde, foram os citados no processo e estão afastados por decisão do gestor municipal.
De acordo com ação ajuizada pelo Ministério Público do Pará, os cinco secretários e o prefeito Jeová Andrade são suspeitos de improbidade administrativa, havendo um contrato de quase R$ 1,5 milhão com um escritório de advocacia investigado nesse processo. Jeová foi afastado do cargo na última quarta-feira (28), pelo prazo de até 180 dias.