“Polaróides de um Tsunami”. Mesmo falando de amor, Paulo Monarco, campeão do V Fempa – Festival de Música de Parauapebas, traduziu bem o que a boa música pode causar aos que se dispõem a ser impactados por ela. Foi o que aconteceu nas três noites do festival, promovido pela Prefeitura Municipal de Parauapebas, sob a organização da Secretaria Municipal de Cultura e com o apoio da Vale e do Governo do Estado.
O encerramento ocorreu no último sábado, 10, na Praça de Eventos, depois de dois dias de eliminatórias de alto nível. “As letras foram fantásticas, iluminadas, de alto poder criativo. A musicalidade e as interpretações estavam à altura das próprias letras, qualquer um que ganhasse seria merecedor”, afirmou Marcos de Assis, que acompanha o Fempa desde 2008.
Para o secretário municipal de Cultura, Cláudio Feitosa, o mais importante é reafirmar o Fempa como um festival importante a nível nacional e conectá-lo às políticas estruturantes de cultura: “O festival é o ápice de um trabalho integrado que valoriza a cena musical e os artistas que a compõem. Temos a Escola Municipal de Música e semana de oficinas que
antecedem o Fempa (Somp), por exemplo. Dois participantes se destacaram nas oficinas e foram convidados a tocar com o Nuno Neto”, ressalta.
Alba Maria, intérprete que conquistou o segundo lugar com a música “Linha Cruzada”, confirma a importância do Fempa: “Chegar entre as 24 músicas no festival que é um dos mais sérios do Brasil já é uma grande vitória. Nos recebem bem e fazem com que a gente se sinta realmente artista”.
Os shows de encerramento das três noites do festival ficaram por conta de Nuno Neto, lançando seu novo CD “Na hora certa”, Celso Viáfora, Compositor, intérprete, violonista e arranjador paulistano, e Rita Ribeiro, que conquistou a todos com seu gingado, simpatia e um timbre vigoroso na noite da grande final.
Circuito nacional
Mais de 100 músicas, de vários estados do país, foram inscritas no V Fempa, que entrou para o circuito nacional dos festivais em 2009, já na terceira edição. Os 24 classificados concorreram à premiação de 24 mil reais, dividida entre primeiro, segundo e terceiro lugares, melhor letra, melhor intérprete e melhor música eleita pelo voto popular (prêmio “Voz do Povo”), além do prêmio “Prata da Casa”, destinado ao candidato de Parauapebas melhor classificado.
Classificação e premiação
1° Lugar: Paulo Monarco (Cuiabá / MT) – “Ame” – R$ 7.000,00
2° lugar: Alba Maria – “Linha Cruzada” (Belém / PA) – R$ 5.000,00
3° lugar: Chermont Jr. (Macapá / AP) – “O Rei dos Tambores chama-se Verequete” – R$ 3.000,00
Melhor Letra: Sérgio Sales (Macapá / AP) – “Ave Poeta” – R$ 2.000,00
Melhor Intérprete: Adriana Cavalcante (Belém / PA) – “Arcabuz” – R$ 2.000,00
Voz do Povo: Willian Barros – “Senhora da Tribulação” (Parauapebas / PA) – R$ 2.500,00
Prata da Casa: Willian Barros – “Senhora da Tribulação (Parauapebas / PA) – R$ 2.500,00
5 comentários em “V Fempa premia os melhores da música e garante lugar no circuito nacional dos grandes festivais”
Caro Marcos,
Agradeço a citação do blog Som do Norte. Não há porque se desculpar pela não citação do veículo no evento, até mesmo o agradecimento é demasiado, afinal a missão do jornalista é informar, e no meu caso específico eu criei um espaço para falar da música da região Norte do Brasil para o mundo. Fico feliz quando há alguma citação/ valorização, mas não é apenas isto que me move, e sim a certeza de que estou cumprindo o que me propus, talvez não ainda na escala que seria necessário.
Mesmo não fazendo parte da organização do festival, gostaria de AGRADECER imensamente a todos os blogs que divulgaram este evento aos quatro cantos da região norte e nordeste do Brasil. A grandeza deste Festival se deveu também a voces, que de GRAÇA cederam espaço nos seus meios de comunicação a favor da CULTURA e, por diversas vezes, colocaram seus holofotes sobre o V FEMPA a meu pedido, muitíssimo obrigado: BLOG DA FRANSSINETE, BLOG SOM DO NORTE, BLOG PONTO ZERO e todos os parceiros de MACAPÁ. Voces são grandes na generosidade e na competência no que fazem, desculpem por não terem sidos divulgados durante o evento.
Parabens ao secretario Claudio Feitosa e toda a equipe que colaborou na realização do V Fempa. Nivel altissimo de qualidade nas musicas classificadas.na minha opinião cuyltura tem que provocar, diria ate mais, cultura e educação precisam andar juntas, pena que à cultura não seja dada a mesma importancia que damos a educação. agora tenho certeza que a secretaria precisa levar esta oportunidade cultural a outra ponta, e o secretario sabe do meu empenho pra que isso aconteça. nossas periferias precisam urgentemente de ações culturais de toda ordem para crianças, jovens e adultos para conhecerem um novo bem estar, porque acredito no sligam da secretaria de cultura de que cultura faz bem. um abraço fraterno ao secretario e sua equipe.
Lidio Oliveira
Acho que a fórmula de cultura do secretario claudio feitosa, exauriu-se. Ele não conseguiu levar a cultura a quem mais precisa dela. Nós temos tantos exemplos de cidades que arrecadam muito menos do que Parauapebas, mas tem um programa de cultura que tira da exclusão meninas e meninos marginalizados e os transformam em cidadãos de bem através da cultura. Isso não acontece nesta cidade de arrecadação gigantesca. é o prefeito que não dá valor ou é o secretário que aposta numa formula que só atende a classe média e rica da cidade? Talvez outro secretario possa dar o tom que já deveria ter sido ha muito tempo. Desde os tempos de Creuza.
O FESTIVAL não fica simplesmente em apresentações. O TRIO MANARI por exemplo me pediu que os produzisse junto a VALE em uma oficina de uma semana em Carajás, seguido de uma grande apresentação, o que foi muito bem recebido por Andrea e Renata (da VALE) numa primeira conversa informal. A Alba Maria também, num show seu que se chama RETRATO EM BRANCO E PRETO, onde canta somente músicas do Chico Buarque, só ela e um piano, muito bom!! Chermont e Sérgio Sales de Macapá idem. Mesmo sendo produtor Tupiniquim a roda da cultura gira. Indenpende se uns queiram ou não. A cultura é do povo, não pertence a uma pessoa só. A partir do momento em que uma música ou poesia é lançada ao vento ela não pertence mais somente ao poeta e nem tão pouco a quem dela tenta se apoderar ou fazer da própria instrumento de auto promoção. Parabéns a cada funcionário da Secretaria de Cultura, vcs fizeram um grande festival.