O comportamento inseguro está entre as principais causas de ocorrências ferroviárias envolvendo pessoas. De janeiro a maio deste ano, a Vale já registrou inúmeras situações decorrentes da má conduta de quem convive próximo à Estrada de Ferro Carajás (EFC). Os quase atropelamentos lideram esses registros. O levantamento é da Comissão de Prevenção e Investigação de Acidentes (CPIA) da Estrada de Ferro Carajás.
O supervisor da CPIA, Igor Dias, explica que a Vale trabalha fortemente em campanhas de segurança e de conscientização para evitar ocorrências, mas o comportamento inseguro ainda é um risco. “As pessoas precisam se conscientizar de que elas também fazem parte do conjunto que envolve a ferrovia. As atitudes incorretas e inadequadas são as principais causas dos eventos na via férrea. Precisamos escutar mais, observar mais e ter plena consciência de que somos responsáveis por um trânsito seguro para todos”, destaca. Ele lembra que o comportamento seguro adotado por quem convive com uma ferrovia deve ser o mesmo do usuário em uma rodovia. Ou seja, ser prudente e, principalmente, respeitar as Leis de Trânsito.
Dentre as ocorrências de quase atropelamento, ele destaca algumas situações: motoristas que cruzam a via nas passagens em nível sem conferir se vem algum trem, crianças que brincam perto ou sobre a ferrovia; pessoas que decidem descansar ou dormir sobre os trilhos, ou ainda atravessar por baixo das composições quando paradas. Todos eles estão associados à atitude insegura de motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres, colocando suas vidas em risco.
Além das campanhas e das ações do projeto Caravana nos Trilhos, que reforçam as informações sobre segurança, a Vale mantém a ferrovia devidamente sinalizada. São mais de 100 travessias, incluindo passagens em nível, viadutos e passarelas, construídas pela Vale para ampliar a mobilidade das comunidades próximas à ferrovia e permitir o cruzamento seguro para todos. “O trânsito mais seguro é responsabilidade de todos. Isso envolve adoção de comportamento seguro, independentemente de se estar na condição de pedestre, ciclista ou condutor”. Ele finaliza com mais um alerta: “Não atravesse na frente do trem nem brinque sobre a linha férrea, uma vez que os trens precisam de longas distâncias até que parem completamente”, alerta.
Atente às orientações:
– Pare, olhe e escute: motoristas, ciclistas e pedestres devem atentar para a sinalização quando estiverem perto da linha do trem;
– Atravesse a linha férrea em locais seguros e sinalizados;
– Se beber, não dirija. Nunca tente cruzar a ferrovia após ter consumido bebida alcoólica. Isso diminui seu nível de atenção e pode causar acidentes;
– Não ande ou brinque sobre os trilhos;
– Não estacione seu carro próximo a linha férrea;
– Ao ouvir a buzina, fique atento: é sinal de que o trem vai passar;
– Não pule nos engates dos vagões;
– Não tente passar por baixo dos vagões enquanto o trem estiver parado. Ele pode se movimentar a qualquer momento;
– Não pegue carona nos vagões;
– Em situações de risco próximo à ferrovia, ligue para o Alô Ferrovias 0800 285 7000.