“O crescimento da Vale está no Pará”, afirmou o diretor global de Serviços Compartilhados da mineradora, João Henrique Moraes, após apresentar os investimentos da Vale – na última quarta-feira, 03, em Belém – para a diretoria da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA) e ao governo do Estado. Até 2014, cerca de US$ 30 bilhões serão injetados na economia paraense por meio de projetos de mineração, entre eles o Carajás Serra Sul (S11D), orçado em US$ 11,3 bilhões e que deverá dobrar a produção de minério de ferro no Estado.

O volume de investimentos dos novos projetos aumentará de, maneira expressiva, a contratação de bens e serviços no Estado. Para se ter uma ideia, apenas no que se refere aos serviços de instalação e montagem de equipamentos elétricos, a mineradora estima uma demanda de 412,8 mil homens por hora. Para a locação de banheiros químicos, os projetos da Vale demandarão 126 mil cabines diariamente e de estrutura metálica, a demanda, até 2015, será de 76 mil toneladas.

“Fizemos um estudo de demanda para 24 categorias de bens e serviços, os quais representam 70% do total a ser demandado pelos projetos da Vale. O pico dos projetos será em 2013-2014, ou seja, ainda temos tempo de qualificar um maior número de empresários locais para que eles sejam fornecedores da Vale”, explicou o diretor de Serviços de Suprimentos, Ricardo Porto.

O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), da FIEPA, que é um grande parceiro da mineradora, vem qualificando empresários locais para que estes atinjam o nível de excelência da mineradora e, assim, possam se tornam fornecedores dos grandes projetos de mineração. “Para que a internalização das compras da Vale aumentem ainda mais, beneficiando o empresariado local, estamos num processo de fortalecimento do PDF, para expandir o número de fornecedores, como também articulando ações para a qualificação da nossa mão de obra”, revelou o presidente da FIEPA, José Conrado Santos.

Em 2010, 45% dos bens e serviços utilizados nos projetos paraenses foram contratos no Estado. Neste mesmo ano, as compras locais da Vale, no Pará, atingiram um patamar de R$ 3 bilhões. Já no primeiro semestre de 2011, foi verificado um crescimento de 4,2% se comparado a igual período do ano passado, o que mostra a evolução da internalização das compras no Pará.

Expansão – Mesmo com a parceria do PDF, os diretores da Vale, após desenvolverem o estudo de demanda para os próximos anos no Pará, estão preocupados com o fato dos empresários locais não darem conta da grande necessidade por bens e serviços. E, para expandirem o número de empresas cadastradas como fornecedoras, a Vale, revelou os diretores, estuda a possibilidade de flexibilização das regras de cadastro. “É claro que os níveis de exigência com relação a segurança e saúde continuaram os mesmo, estamos estudando formas de facilitar o processo de contratação de bens e serviços. Se for preciso, iremos dar a mão para que os empresários menores possam se qualificar e tornarem-se fornecedores”, afirmou o diretor de Serviços de Suprimentos da Vale, Ricardo Porto.

Além da flexibilização, os diretores da mineradora detalharam as novas ações de atração, fomento e manutenção dos fornecedores de forma sustentável. Para o fomento de novos fornecedores, a mineradora criou as gerências Gestão de Contratos e Gestão de Fornecedores focada na Região Norte. Esta nova estruturação da mineradora já conseguiu atrair para o seu cadastro de fornecedores dos Estados do Pará e Maranhão, apenas no primeiro semestre de 2011, mais 150 empresas locais. “Visitamos mais de 240 empresas no Pará e Maranhão. Dessas, 150 foram incluídas em nosso cadastro de fornecedores e mais de R$ 22 milhões em compras já foram negociadas com estas empresas. Vamos continuar neste processo para que cada vez mais as compras de materiais dos projetos do norte possam ser internalizadas”, concluiu Leonardo Couto, gerente de Gestão de Fornecedores.

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Fonte: FIEPA