Vale contrata Andrade Gutierrez e australianas para usina de Serra Sul

Continua depois da publicidade

As obras civis da usina de beneficiamento do maior projeto da história da Vale, no Pará, começaram nesta quarta-feira (31) sob responsabilidade do grupo Andrade Gutierrez e contribuição de diversas outras empresas, incluindo australianas, informou o executivo responsável pelo empreendimento.

image

A construtora venceu licitação para as obras civis da planta de processamento de minério de ferro do projeto S11D, o primeiro e mais promissor da Serra Sul, em Carajás, em plena selva amazônica.

O negócio entre Vale e Andrade Gutierrez integra um conjunto de contratações incluídas no investimento de 8 bilhões de dólares para erguer mina e planta de processamento, somados aos 11,6 bilhões de dólares necessários para a construção de ferrovia e porto, num investimento total de históricos 19,6 bilhões de dólares. O valor do contrato entre Vale e Andrade Gutierrez não foi informado.

Com 3 mil trabalhadores, o projeto S11D está previsto para iniciar produção em 2016, atingindo capacidade máxima em 2018, de 90 milhões de toneladas, equivalente ao que a Vale já extrai na região, nas minas ao norte da Serra dos Carajás.

A produção total de minério de ferro da Vale no Pará, quando S11D estiver em plena capacidade será de 230 milhões de toneladas, incluindo os 40 milhões de toneladas do projeto Carajás Adicional, que deve ser implantado até o final do ano.

A produção atual do complexo de Carajás é de 109 milhões de toneladas anuais, cerca de um terço de todo o minério que a Vale produz.

Tecnologia e Meio Ambiente
Além da Andrade Gutierrez, outras empresas já avançam no canteiro de obras, com inovações que garantiram à Vale a obtenção das licenças ambientais necessárias ao megaempreendimento.

“Para não fazermos a usina dentro da floresta, que é o que impacta a vegetação, o minério vai descer por correias transportadoras num percurso de 9 quilômetros, até a usina, montada em uma área que até então abrigava pasto e já estava desmatada”, afirmou o diretor de Projetos Ferrosos Norte, Jamil Sebe, a um grupo de jornalistas, durante um voo sobre a área onde será aberta a mina.

Do alto é possível ver que não há vegetação sobre as reservas de minério de ferro, estimadas em cerca de 4 bilhões de toneladas. A mata não cresce sobre o ferro pois não tem como fixar raízes, explica o técnico.

Uma série de tecnologias foram previstas para que o minério possa ser transportado até a usina por correias e por cima da floresta, em estruturas suspensas.

O custo da Vale para reduzir o impacto ambiental com novos sistemas é estimado em 2 bilhões de dólares, incluídos no investimento do projeto, disse o executivo.

Sem as adaptações, a Vale não teria conseguido aval do Ibama para extrair minério de ferro de Serra Sul, uma cordilheira de 120 quilômetros de extensão que faz parte da Serra de Carajás, incluída em uma área de preservação.

A tecnologia “truckless”, ou seja, sem os caminhões que normalmente são usados para transportar o minério neste percurso, está sendo implantada com participação da australiana WorleyParsons.

Segundo Sebe, outra novidade fundamental para convencer o órgão ambiental da viabilidade do projeto foi a técnica que permite o peneiramento do minério a seco, sem necessidade de usar água nem construir uma barragem de rejeitos, estrutura que costuma ser dor de cabeça para qualquer projeto de mineração.

Participam do desenvolvimento desta técnica as empresas Metso, Chenk e Haver & Boecker.

Já a australiana Sinclair Knight Merz (SKM) foi contratada para a construção dos módulos da planta, uma outra inovação já adotada por petroleiras em plataformas marítimas. Com exceção das fundações, a estrutura da usina é modulada, e 68 dos 109 módulos já foram construídos.

Metade das placas de aço usadas na construção da usina vem de siderúrgicas chinesas e os demais 50 por cento no Brasil.

Apesar do elevado nível de importação de aço, o executivo afirma que o conteúdo nacional do projeto é elevado, com reserva de pelo menos 5 por cento para empresas instaladas no Pará, como forma de compensar o Estado pela exploração de minério de ferro.

Fonte: Reuters

14 comentários em “Vale contrata Andrade Gutierrez e australianas para usina de Serra Sul

  1. ALERTA GERAL ! Responder

    QUEM ESTÁ CUSPINDO NO PRATO QUE COME É A VALE !

    UM DIA O MINERIO ACABA (SUA VELHA COMIDINHA )E AI !

  2. ALERTA GERAL ! Responder

    O PROJETO SIMANDU VEM AI !

    Ele é a maior ameaça ao projeto Carajás!

    ELE EXISTE E LÁ A VALE NÂO VAI FAZER O QUE FAZ AI !

    EM MINAS HOJE ELA NÃO FAZ MAIS CATEGUESE !

  3. j Responder

    no pará tudo pode e , os políticos fazem nada. de governador a vereador bando de nada,só lembram do povo,na eleição.vamos…que vamos minha gente
    fechar o trilho.buscar nossos direitos toda sociedade organizada,vamos mostrar que aqui não só tem índio não.eles tem que respeitar nossos diretos.

  4. Atenção!! Responder

    Pessoal, cuidado!!!
    Parem de cuspir no prato que comem… Se a Vale não estivesse aqui, o que seria de nós??
    Voltem para onde nunca deveriam ter saído!!!

  5. Ricardo Correa Responder

    Todo mundo querendo mamar nas tetas da Vale do Rio Doce e fica aqui posando de defensor do Pará. Faz-me rir.

  6. Anônimo Responder

    O IBAMA FICA SE PREOCUPANDO COM O DESMATAMENTO FEITO PELOS PROJETOS DA VALE, DEVERIA INVESTIR SEU TEMPO E DINHEIRO NO DESMATAMENTO DA MATA AMAZÔNICA, OLHA O TANTO DE MADEIREIRO CORTANDO MADEIRA DIA E NOITE, SEM PAGAR IMPOSTO E ESCRAVIZANDO A MÃO DE OBRA.

  7. Paulo Responder

    Isso é mais uma que a Vale aplica e o povo engole, o povo não, os governantes o Ibama a Fiepa, tudo comprado, pois a empresa vem escraviza o povo temporariamente depois de alcançado os objetivos leva o minerio embolsa a grana e deixa os bolsões de miséria e a fome como premio… abre o olho gente

  8. Anônimo Responder

    Tava faltando a andrade vir aqui e quebrar a cara tambem neste projeto, ha ha ha. Mais uma que vai quebrar!!

  9. Escravidão ! Responder

    Pobre do Pará 5% de obras esféricos e materiais !

    Lastimável onde esta a FIEPA !

    Isto é desrespeito !

    Senhores empresário espertinhos acordam !

  10. Bruna Responder

    Essa estória que a vale vai comprar 5 por cento no estado é conversa. os contratos são nacionais, tudo centralizado.

  11. Carlos Olímpio filho Responder

    Até um tempo desses os GRANDÕES daqui de baixo
    moravam lá em cima: juízes, militares de alto escalão e pasmem: fiscais do IBAMA. Agora pensem: como multar ou ter isenção quando se tratar de demanda contra a Vale?!…este país é uma festa!

Deixe seu comentário

Posts relacionados