A empresa tem 62 mil funcionários em todo o mundo. A demissão de 1,3 mil pessoas representa, portanto, um corte de 2,09% de sua força total de trabalho. A companhia ainda não tem o detalhamento completo das demissões. Entretanto, a assessoria de imprensa da empresa informou que 20% delas (cerca de 260) serão em Minas Gerais, estado que foi alvo de recente corte de produção. O estado concentrará a maior parte dos trabalhadores que entrarão em férias coletivas – serão 4,4 mil, ou 80% do total.
As primeiras turmas de funcionários entraram em férias nesta segunda-feira (1º). De acordo com o cronograma, os últimos grupos deverão voltar no início de março de 2009, segundo informações da assessoria de imprensa.
Em outubro, a empresa anunciou a interrupção da produção de minério de ferro em algumas unidades no Brasil, com volume que equivale a aproximadamente 10% de sua produção total. Também foi suspensa a produção em algumas unidades fora do Brasil, devido à queda na demanda por minérios e metais no mercado mundial.
No mês passado, em visita a Brasília, o presidente da Vale, Roger Agnelli, afirmou disse que a empresa tinha de fazer “ginástica” para evitar cortes de pessoal. Na ocasião, em que se reuniu com o presidente Lula, o executivo afirmou que a empresa tentaria manter o quadro de funcionários inalterado até o início de 2009.
“Até lá (fevereiro), o que a gente está fazendo é uma ginástica no sentido de manter empregados. Isso tudo tem limite. A gente está torcendo para que as coisas melhorem mais rapidamente”, revelou. Segundo ele, a falta de demanda por aço e minério está prejudicando os negócios da empresa.