Protocolo de Intenções tem como objetivo a realização de ações que facilitem e apoiem a instalação de novas empresas no estado
Apoiar as empresas que têm interesse em se instalar no Pará viabilizando todos os trâmites necessários juntos aos órgãos e entidades competentes é o objetivo do Protocolo de Intenções que foi assinado nesta sexta-feira (13) entre Vale e Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom). A celebração da parceria aconteceu na Casa da Mineração.
Segundo dados da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (REDES), atualmente o Pará compra cerca de 50% da demanda de insumos e serviços de outros estados e do exterior. No Pará, existem vários empreendimentos em fase de implantação e outros em operação que precisam dessas demandas, como é o caso do setor mineral que necessita de empresas que forneçam soda cáustica, cal viva, correias transportadoras, rolamentos e peças para escavação, entre outros, mas precisam comprar fora.
Por meio desse compromisso, o governo do Estado espera aumentar a participação das compras locais a partir da atração de fornecedores indicados pela Vale. “Essa parceria possibilitará a atração de novos negócios ao território paraense e fortalecerá as cadeias produtivas existentes no estado, contribuindo para a redução das desigualdades regionais, gerando emprego e renda, e, consequentemente, melhorando a qualidade de vida da população paraense”, explicou o secretário David Leal.
Segundo o secretário, esse protocolo faz parte de um tripé para o desenvolvimento sustentável no setor da mineração. “Um vértice é a verticalização do minério. Estamos buscando a verticalização de toda a cadeia do alumínio e do cobre; transformar o manganês em fertilizante; atrair pelo menos uma indústria de cerâmica para aproveitamento do caulim; e a verticalização do ouro, com a chegada da Belo Sun e AngloGold. A outra ponta é o compromisso das empresas por meio da assinatura do protocolo, no qual a Vale é a sétima empresa a aderir, faltando somente a MRN que já está em processo; e, para fechar o tripé, temos todo o trabalho que está sendo desenvolvido com os fornecedores locais por meio da REDES”, conclui David Leal.
A Vale fornecerá uma lista com os principais fornecedores estratégicos e comuns da sua cadeia produtiva, que não se encontram no Pará. De posse dessas informações, a Seicom planejará e realizará sua atividade de atração das empresas indicadas, possibilitando novos negócios e contribuindo para o fortalecimento dos processos produtivos iniciados no estado.
Na mesma oportunidade, Vale e Federação das indústrias do Pará (Fiepa) renovaram o convênio de cooperação técnica e financeira para manutenção do programa REDES. O presidente da Fiepa, José Conrado, informou que o empresariado local precisa estar qualificado para atender as demandas das empresas que estão implantando seus projetos no estado. Segundo ele, uma pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) apontou que 90% das empresas no Pará não estão preparadas para atender o setor produtivo, principalmente a mineração. “Esse número é assustador e o cenário só não está pior por conta desse projeto que nós temos com a Vale e outros investidores, implementado juntamente com a REDES. Nosso foco agora, em 2014, é intensificar esse trabalho para que a gente melhore o cenário das nossas empresas no estado”, diz José Conrado.
O convênio de cooperação técnica e financeira entre Vale e Fiepa, por meio do programa REDES, já existe desde 2000. Segundo o gerente de Suprimentos para Mineração, Mário Jofre, a Vale está buscando melhorar a sua competitividade e reduzir os custos de forma sustentável. “Um dos pilares principais para que isso ocorra é ter uma base de fornecedores locais fortes, competitivos e eficientes, que nos permitam esse crescimento de forma sustentável. Desta forma, esse trabalho em conjunto com a REDES é fundamental”, diz Mário Jofre.