O combate à exploração sexual de crianças e adolescentes na região de Carajás foi tema de um encontro entre representantes da Fundação Vale e sindicatos filiados à União Geral Trabalhadores (UGT), ontem em Belém. A implantação do projeto Salobo em Parauapebas, que vai mobilizar cerca de oito mil operários até dezembro de 2009, esteve no centro das discussões.
Os trabalhadores de grandes projetos são o público alvo da campanha de conscientização promovida pelos sindicatos, com previsão para ser iniciada em janeiro do próximo ano.
De acordo com o presidente regional da UGT, José Francisco Pereira, as vilas nativas de Sanção e Paulo Fonteles, distantes cerca de 40 km da área de implantação do Salobo, podem sofrer com a chegada dos trabalhadores.
Quatro mil trabalhadores estão nos canteiros de obra da vila que vai receber os funcionários da Salobo Metais. Até 2009 mais quatro mil pessoas serão empregadas. “O mais importante é mostrar para os operários que a exploração de crianças e adolescentes é crime, além de ser imoral”, diz o presidente regional da UGT.
Andréia Rabetim, coordenadora estadual da Fundação Vale, palestrou sobre a atuação da empresa nas comunidades que recebem grandes empreendimentos. Uma proposta para a realização de campanhas informativas destinadas aos trabalhadores do projeto Salobo será apresentado pela UGT durante o III Congresso Mundial de Combate à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes, de 25 a 28 de novembro no Rio de Janeiro.