Vale leva agenda de investimentos em bioeconomia e inovação para Fipa

São mais de R$ 890 milhões já aplicados em pesquisa científica. Outra iniciativa é o projeto que tornará o Pará sede de um dos maiores viveiros de produção de mudas de cacau do Brasil
Pará terá um dos maiores viveiros de produção de cacau do Brasil com parceria Fundo Vale e Belterra (Foto: Divulgação)

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Nesta semana, de 22 a 25 de maio, o setor industrial promove na capital paraense nova edição da Feira da Indústria do Pará (Fipa). Durante o evento, que coloca em pauta no meio empresarial o tema “Negócios e Sustentabilidade na Amazônia”, a Vale leva agenda sobre investimentos em bioeconomia e inovação tecnológica a partir das iniciativas do Fundo Vale e do Instituto Tecnológico Vale (ITV).

Com recursos do fundo, programas e ações que unem ciência e fortalecimento de empreendimentos para proteger e recuperar a Amazônia estão em execução. São mais de R$ 890 milhões já aplicados em pesquisa científica. Outra iniciativa é o projeto que tornará o Pará sede de um dos maiores viveiros de produção de mudas de cacau do Brasil.

A diretora de Soluções Baseadas na Natureza da Vale, Patricia Daros, destaca que para o desenvolvimento da Bioeconomia, uma rede de parceiros e uma atuação diversa são fundamentais. 

“Precisamos trabalhar em várias frentes que vão desde o estímulo à ciência e tecnologia, inovação e empreendedorismo, oferta de capital, desenvolvimento de mercados, regulação, incentivos e investimentos, como o que temos feito com as startups agroflorestais e silvipastoris. Só vamos conseguir avançar se colocarmos todos esses elementos a serviço do ecossistema de bioeconomia,” ressalta.

Entre as pesquisas científicas desenvolvidas pelo Instituto Tecnológico Vale estão estudos sobre Sistemas Agroflorestais (SAFs), restauração florestal, genômica da biodiversidade brasileira, polinizadores e produção de alimentos e agroflorestas de cacau. Por meio do instituto, o foco é usar a pesquisa como forma de enfrentar problemas e desafios socioambientais. 

“A aplicação prática da ciência, por meio do desenvolvimento tecnológico, promove inovação de impacto, em colaboração com cientistas e não cientistas, contribuindo também com o potencial de geração de renda a partir da floresta viva e atuando como ponte para a bioeconomia na Amazônia,” afirma Sâmia Nunes, pesquisadora do ITV.

Outro investimento é na expansão de sistemas agroflorestais no estado. O modelo produtivo é estratégico para conciliar desenvolvimento com proteção ao meio ambiente, uma vez que alia o cultivo agrícola e florestal à conservação da biodiversidade.

Por meio da parceria entre o Fundo Vale e a empresa Belterra, está em construção na cidade de Canaã dos Carajás, no sudeste paraense, um dos maiores viveiros de produção de mudas de cacau do país, que irão contribuir para expandir a implantação dos SAFs. 

O viveiro terá capacidade inicial de 2 milhões de mudas por ano e, em dois anos, deverá chegar a 10 milhões. Por meio do projeto, a meta é recuperar 20 mil hectares de áreas degradadas no estado até 2030. A iniciativa faz parte da Meta Florestal Vale, que envolve a proteção e recuperação de 500 mil hectares de áreas até 2030 no Brasil.

Programação

Patricia Daros e a pesquisadora Samia Nunes irão apresentar estes e outros exemplos durante painel dentro da programação técnica da Fipa, que acontece na quinta-feira, dia 24 de maio, às 15h, no palco 3. Simultaneamente, no palco 1, acontecerá o painel “Fortalecendo o mercado industrial na Amazônia: melhores práticas de suprimentos”, que contará com a participação da gerente da área na Vale, Luciana Jardelino. 

Ela compartilhará sobre a atuação da empresa voltada para o desenvolvimento do estado, com foco nas compras de fornecedores da região para ampliar a movimentação do mercado local.

Em seguida, às 15h40, no palco 3, o gerente de Meio Ambiente da Vale Metais Básicos, Sérgio Melo, apresentará uma das iniciativas de mineração circular desenvolvida, a “Fábrica Sustentável”, projeto piloto que testa a utilização dos rejeitos oriundos da mineração de cobre da mina do Sossego, em Canaã dos Carajás, na fabricação de blocos pré-moldados de concreto (pavers) para uso na construção civil. Os testes de aplicação estão sendo desenvolvidos em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).

Interatividade

Com conceito futurista, telas com movimento no estande da empresa apresentarão as iniciativas voltadas para a mineração de hoje e do futuro, cada vez mais sustentável. As telas também irão permitir a interação com a história de paraenses que atuam na companhia, em diferentes áreas. Hoje, as unidades e projetos de expansão da Vale empregam cerca de 60 mil pessoas, entre trabalhadores próprios e terceirizados mobilizados.

A programação da Vale na Fipa contará ainda de 23 a 25 de maio com espaços estratégicos para bate-papos do público com equipes de Recursos Humanos e da área de Suprimentos, onde o público poderá esclarecer dúvidas sobre cadastro de currículos e contratação de empresas fornecedoras de produtos e serviços para a cadeia produtiva da mineração.

O BioParque Vale Amazônia também será uma das atrações do estande, com uma experiência virtual, por meio de videoboot. A tecnologia proporcionará imersão em um cenário virtual 360º como se estivesse dentro do espaço, que fica no coração da Floresta Nacional de Carajás, em Parauapebas.

A expectativa é que cerca de 20 mil pessoas visitem a feira no decorrer dos seus quatro dias, de 22 a 25 de maio, no Hangar Centro de Convenções. A Vale é uma das patrocinadoras do evento.

(Ascom Vale)