Por Ulisses Pompeu – de Marabá
No projeto de duplicação da Estrada de Ferro Carajás, a Vale contabiliza duplicar a ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, em Marabá, que tem 2.310 metros de extensão. Ontem à tarde, quarta-feira, dia 27, em entrevista para jornalistas de cinco cidades do País, incluindo de Marabá, o diretor de Projetos Ferrosos Norte, Jamil Sebe, confirmou que a mineradora continua os estudos para duplicação da ponte, que vai ajudar a escoar a produção do S11D.
“A ponte do Rio Tocantins está sendo avaliada e um projeto de duplicação está em produção. Ela deverá ser duplicada muito mais para efeito de garantias operacionais para permitir o tráfego dos trens sem precisar parar”, revelou o diretor de Ferrosos Norte da Vale.
Jamil explicou ainda que a Estrada de Ferro Carajás tem 892 km e a expansão consiste na duplicação de 504 km de trechos da ferrovia nos estados do Pará e Maranhão. A nova linha está sendo construída na mesma faixa da linha principal, evitando o desmatamento. A ampliação da ferrovia está sendo feita para atender a demanda da mina de Carajás e, futuramente, o projeto Serra Sul, com capacidade estimada em 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
O S11D, que tem vida útil estimada em 40 anos, será acompanhado por investimento em infraestrutura de logística – na EF Carajás e terminal marítimo de Ponta da Madeira (em São Luís-MA) – estimado em US$ 11,4 bilhões, o que permitirá, após sua conclusão, a movimentação de 230 Mtpa de minério de ferro. Ao todo, em reais, a Vale prevê investir R$ 40 bilhões, sendo R$ 16,55 bilhões para a mina e R$ 23,5 bilhões para a ferrovia e porto.
Licença ambiental
O diretor de Ferrosos da Vale anunciou que a empresa acaba de receber a Licença Prévia (LP) para o projeto S11D, emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). A LP faz parte da primeira fase de licenciamento do empreendimento e atesta sua viabilidade ambiental. Nas próximas etapas, deverão ser concedidas as licenças de implantação e de operação. “Quando for concedida a Licença de Implantação, a Vale deverá iniciar as obras físicas do projeto”, explicou.
Maior que Carajás
A grandeza do S11D pode ser ilustrada ao ser comparada com Carajás, que atingiu produção anual de 90 Mt em 2007, 22 anos depois do início de operação. Jamil explica que o S11D é o maior projeto da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro, constituindo-se na principal alavanca de crescimento da capacidade de produção e da manutenção da liderança da Vale no mercado global em termos de volume, custo e qualidade. A entrada em operação está prevista para o segundo semestre de 2016.
Sustentabilidade
A Vale desenvolveu soluções tecnológicas específicas voltadas para a preservação do meio ambiente, com a utilização mais eficiente dos recursos naturais e diminuição da emissão de poluentes no S11D.
Com a aplicação do conceito de mineração sem caminhões, os caminhões fora-de-estrada serão substituídos por uma estrutura composta por escavadeiras e britadores móveis que irão extrair o minério de ferro e alimentar correias transportadoras que farão o transporte até a usina de beneficiamento, que será instalada fora da Floresta Nacional de Carajás.
4 comentários em “Vale planeja duplicar ponte sobre o Rio Tocantins, em Marabá”
Isso ai vai servir para acabar mais rapido com as nossas riquezas.
vai ajuda muito o meu lema é alinhamento a futuro
jordan nunes- Parauapebas
O minério de ferro encravado no solo não é riqueza. Ele só passa a ser riqueza quando é extraído e vendido.
Toda riqueza do Estado do Pará, esta nas mão das grandes impresa de MINERAÇÂO, como por exemplo a VALE S.A, que contrata grandes impresa, para executar o servicos de retirada de minerio desta região. “Os rico inriquece isimar das costas dos outros”.