Pouca gente sabe, mas das roças e fazendas de Parauapebas saem milhões em commodities agrícolas por ano que dariam para sustentar 85% das 5.568 prefeituras brasileiras. Isso mesmo: nem só de minério de ferro vive o município, mas também de mandioca, banana, milho, açaí… É o que acaba de constatar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), o maior levantamento nacional para mensurar as riquezas do agronegócio.
De 2020 para 2021, o faturamento do campo de Parauapebas passou de R$ 128,62 milhões para R$ 151,69 milhões, avanço de 18%. Essa melhora expressiva é puxada pelo desempenho da mandioca, que passou de R$ 62,13 milhões para R$ 73,88 milhões, sendo ela a principal commodity da cesta agrícola local. A banana, segundo principal produto, movimentou R$ 32,5 milhões em 2021, mesmo valor do ano anterior, o que mostra estagnação.
O milho contribui com R$ 9,66 milhões em Parauapebas, mas é o açaí quem mais tem roubado a cena: R$ 7,2 milhões, um salto de 150% frente aos R$ 2,88 milhões movimentados em 2020. Por outro lado, o mamão apresentou declínio comercial, caindo de R$ 5,4 milhões para R$ 4,5 milhões no ano passado, queda de 17%.
De acordo com o IBGE, Parauapebas possui 18 commodities agrícolas comerciais, sendo que apenas cinco não conseguem ostentar movimento de R$ 1 milhão: cacau (R$ 792 mil), cebola (R$ 700 mil), pimenta-do-reino (R$ 224 mil), café canéfora (R$ 57 mil) e café comum (R$ 57 mil).
2º maior do Pará em mamão e maracujá
De acordo com o IBGE, Parauapebas tem a segunda maior produção de mamão e maracujá do estado. Chegou a ser a “Capital do Mamão” em 2020, mas perdeu o posto para Santo Antônio do Tauá, que movimentou R$ 5,1 milhões. Em relação ao maracujá, Parauapebas, que faturou R$ 3,5 milhões no ano passado, só perde para Igarapé-Açu, que gerou riquezas da ordem de R$ 9 milhões.
É também o terceiro maior produtor de banana, atrás de Medicilândia (R$ 188,64 milhões) e Itaituba (R$ 35,28 milhões) e ocupa a 8ª posição no Pará na produção de mandioca, atrás de Acará (R$ 319,27 milhões), Portel (R$ 141,2 milhões), Óbidos (R$ 120 milhões), Moju (R$ 115,2 milhões), Juruti (R$ 108 milhões), Oriximiná (R$ 104,4 milhões) e Alenquer (R$ 77 milhões).