O sol estava pra “rachar a cabeça” de tão quente, mas mesmo assim milhares de pessoas elegeram a Praia do Tucunaré, em Marabá, como destino neste domingo, dia 8 de julho. O balneário é o que mais atrai turistas nesta época do ano em toda a região sudeste do Pará, numa ilha localizada em frente à cidade e no meio do Rio Tocantins. São cerca de 3 km de extensão e, para chegar ao local, é preciso atravessar em um barco, rabeta ou lancha.
A Praia do Tucunaré deve atingir seu tamanho máximo entre agosto e setembro, alcançando cerca de cinco quilômetros de extensão. Vários órgãos de segurança montaram acampamento no balneário, entre os quais o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal e até a Marinha do Brasil, que enviou uma equipe de Belém para acompanhar as condições de segurança das embarcações.
A área para banho foi demarcada por boias no local de maior concentração de veranistas e o número de seguranças no balneário não é adequado o suficiente para atender a movimentação dos banhistas em quase 3 km de praia.
Durante todo o mês de julho, o Corpo de Bombeiros trabalha na segurança dos banhistas e alerta para os cuidados que se deve ter com as crianças na praia, porque geralmente os pais vão para brincar e esquecem o filho ali naquele local confiando que alguém fique reparando para eles e é o que geralmente acontece nas ocorrências, casos de perda de criança e afogamentos.
Muitos turistas que vêm à cidade pela primeira vez, acabam temendo a travessia de cerca de 800 metros. “A travessia é segura, a gente percebe que é bem organizada, mas também é uma aventura. Já começa um passeio diferenciado, principalmente para a gente que veio de Goiás e não conhecia essa beleza tão grande aqui do Pará”, disse o turista José Osvaldo Silva, 36, encantado com a quantidade de gente numa praia de água doce.
No último fim de semana, a praia ficou lotada com famílias inteiras disputando um espaço ao sol. E enquanto muitos buscavam diversão à beira do rio, outros faturavam com a venda de alimentos. Aliás, um dos pratos mais pedidos entre as barracas comerciais é o peixe tucunaré frito, seguido por carne de sol.
Todavia, a venda de itens periféricos também animou os ambulantes que se espalham pela areia da praia. “Estamos vendendo aqui chapéus de praia, óculos, boias para as crianças brincarem, coletes, vários modelos de biquínis”, explica o vendedor Ezequias Rodrigues.
Clara Nunes mantém uma barraca de venda de alimentos e bebidas no local e espera que o mês de julho seja melhor do que em 2017, mas adverte que para isso a Prefeitura e órgãos de segurança precisam organizar os espaços para que os banhistas se sintam atraídos e seguros. “A gente sente falta de bons shows na praia para atrair grande público. Há muito tempo a praia não tem mais de 10 mil pessoas num único dia”, avalia.
Não houve nenhum registro de afogamentos no primeiro final de semana e os bombeiros fizeram pequenas contribuições, mas sem nenhum registro grave.
A Prefeitura mantém uma estrutura de apoio na Praia do Tucunaré, com equipe de saúde, meio ambiente (para limpeza do balneário) e de esporte, que coordena competições ao longo do mês de julho numa arena montada na beira do rio.