Ao discursar na sessão desta terça-feira (27), da Câmara Municipal de Marabá, o vereador Paulo Sérgio do Rosário Varela (PTN) – Badeco do Gerson – foi veemente ao dirigir críticas ao modo como a Comdec (Coordenadoria Municipal de Defesa Civil) vem tratando os desalojados pela enchente em Marabá. Os desalojados são aqueles que vão para a laje da casa, onde a água não atinge, ou se mudam para a casa de parentes ou amigos, onde permanecem durante as águas grandes. Diferentemente dos desabrigados, que são levados aos abrigos públicos.
Badeco afirma que os desalojados sequer foram cadastrados pela Comdec e diz que eles, assim como os desabrigados, também precisam da ajuda do poder público, pois, são igualmente vítimas da enchente. E entende que também devem ser atendidos com cestas básicas de alimento e água mineral.
Badeco do Gerson lembrou que, recentemente, o Ministério da Integração Nacional enviou às vítimas da enchente em Marabá milhares de cestas básicas, muitas das quais ainda estão chegando e sendo distribuídas, e disse que, “não é porque essas famílias estão em casas de parentes que não têm direito à ajuda”.
O vereador recebeu o apoio dos colegas Ilker Moraes Ferreira (PHS), Priscila Duarte Veloso (PTB), Gilson Dias Cardoso (PCdoB) e Edinaldo Machado Pinto (PSC), que comungam da mesma opinião dele. “Não faz diferença se estão em abrigos ou em casa de parentes. Também foram vítimas da cheia e têm direito aos benefícios”, disse Gilson.
Outro lado
Ouvida pelo Blog, a Comdec, por meio da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, respondeu que cadastrou mais de 500 famílias no programa de assistência. “Essas famílias estão recebendo kits fornecidos pelo Ministério da Integração (cestas básicas, água, colchões e kits de higiene pessoal). Todas elas foram atendidas no momento do seu deslocamento pelas equipes da Secretaria de Assistência Social e incluídas no cadastro de enchentes”.
Em seguida explica que “algumas famílias que saíram por conta própria do local de enchente e foram pra casa de parentes e que não fizeram o cadastro na Defesa Civil, devem procurar o órgão para cadastramento e este fará análise caso a caso. Portanto, o fato relatado é pontual e não configura a verdade para as mais de 500 famílias que estão sendo atendidas”, encerra.
O vereador Tiago Batista Koch (PMDB), líder do governo no Legislativo, disse que ainda esta semana haverá uma reunião, na Câmara, entre a Defesa Civil e a Seasp (Secretaria Municipal de Assistência Social), para que essa questão seja resolvida de comum acordo e todos sejam atendidos igualmente.