O vereador Luiz Castilho (PROS), reeleito em 15 de novembro do ano passado, deixou a Presidência da Câmara Municipal de Parauapebas no último dia 31. Para ele, tanto o mandato que encerrou quanto o fato de ter presidido o Poder Legislativo no último biênio foram experiências magníficas. Mas, a reeleição para mais quatro anos no Legislativo significa uma responsabilidade maior ainda. “Porque as pessoas confirmaram a confiança que têm em nós, muito em consequência do mandato que se encerrou,” explica ele, acrescentando que é com a mesma essência, “com esse mesmo fervor”, que vem para mais quatro anos com o pensamento de ser um legislador envolvido com as demandas da sociedade.
“Mesmo porque, no primeiro mandato, nós fomos diferenciados na tratativa com as pessoas, na função de vereador, buscando cuidar das pessoas. Isso continua, mas agora a gente quer implementar o mandato com uma legislação mais efetiva. A gente quer buscar a institucionalização de leis nacionais que possam se adequar à nossa realidade, a fim de que a sociedade de Parauapebas possa se beneficiar de forma institucional,” detalha o vereador reeleito.
Luiz Castilho afirma que tem um grande projeto, que é a Câmara Cidadã, onde o Legislativo irá servir à sociedade com serviços e ações, com a representatividade de todos os vereadores: “Porém, desenvolvido o processo – e aqui eu não culpo a pandemia –, não foi possível colocá-lo em andamento. Contudo, nós tivemos a sorte e a felicidade de continuarmos vereador e, com isso, a gente vai construí-lo com esta Casa, mesmo que não seja eu o presidente, mas tenho de cuidar das pessoas”.
Castilho afirma que pretende levar a ideia ao novo presidente da Câmara, para que possa desenvolvê-lo, inclusive somando outras ideias: “Quanto mais múltiplas forem as ideias aqui nesta Casa, melhor. Quem sabe a gente melhora a Câmara-Cidadã?”.
Indagado sobre como avalia o mandato que terminou em 2020 e sua passagem pela Presidência da Casa, Castilho diz que construiu um legado: “Fui o único gabinete na história da Câmara que abriu as portas. Nós estamos na nona legislatura e eu fui o único. Carinhosamente somos conhecidos como Expresso Castilho. Então isso já cria uma relação de respeito”.
O ex-presidente da Câmara afirma que criou uma relação muito harmoniosa e respeitosa no Legislativo, valorizando os servidores e mantendo uma relação muito boa com os colegas vereadores: “Sob a minha presidência não houve desrespeito em nenhum momento. Executamos o nosso trabalho da forma que coube a nós, mas houve harmonia e respeito. Então, a harmonia, o gabinete aberto, a humanização que trouxemos para a Câmara, a construção do respeito perante a sociedade, que entende que Câmara é importante para ela, e a Rádio Câmara formam o nosso legado”.
Um apaixonado pelo rádio
Ao falar sobre a Rádio Câmara, idealizada por ele e inaugurada como seu último ato na Presidência da Casa, Luiz Castilho se empolga e se emociona. Ele diz que é um fã do rádio e entende que este ainda é “a maior ferramenta de comunicação do mundo”.
“Apesar das mídias sociais, o rádio é que leva a informação para o homem do campo, leva aos lugares de mais difícil acesso. Quando a gente entra no carro, liga o rádio, e ele não tem só o papel de entretenimento, tem o papel educativo, político, econômico,” defende o vereador.
Ele afirma que está trazendo a Rádio Câmara para Parauapebas, com as informações da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Congresso como um todo, a fim de que todos possam acompanhar a vida política do país.
“Nós teremos as nossas programações: serão transmitidas as discussões dos projetos, as sessões ordinárias, as extraordinárias e as solenes da Câmara Municipal. Eu entendo que, a partir de agora, a sociedade de Parauapebas não terá só vez, terá também voz, pelas ondas da 95,1,” comemora.
Castilho lembra que, ainda na condição de presidente da Câmara, quando da instalação da rádio, disse que ela seria a melhor sintonia de Parauapebas, mas afirma que, para que isso se concretize, todos precisam fazer o seu melhor. “Para que a audiência seja ativa, precisamos ser participativos e ativos também,” aconselha. (Tina Santos)