Devido ao avanço do Coronavírus em Parauapebas, a vereadora Eliene Soares (MDB) apresentou indicação pedindo ao governo municipal a contratação em caráter de urgência de médicos intensivistas. A vereadora alertou que Parauapebas vive um momento crítico e é “estarrecedor” que tenha apenas um médico intensivista.
Segundo Eliene Soares, o aumentou dos casos de Covid-19 requer profissionais capacitados para atuar em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). “Com todo recurso que tem e com mais de 200 mil habitantes, ter apenas um médico torna nossa realidade ainda mais sombria com o avanço da Covi-19, já que muitas pessoas acabam tendo que ir para a UTI”, alertou a vereadora.
A proposição, de Nº 114, foi aprovada e agora segue para análise do prefeito Darci Lermen. Eliene ressaltou que nem nos piores pesadelos, uma pessoa quer ir parar em uma UTI, mas nestes tempos de Coronavirus muitos cidadãs estão indo para lá e até morrendo.
“Temos de dar um basta nisso e garantir esse tipo de suporte ao mínimo de pessoas possível, para que todos tenham direito a vida. E é ai que entra a figura do intensivista, que esta em falta aqui no município”, cobrou a vereadora.
Ela ainda destacou que a situação de Parauapebas se torna ainda mais crítica, porque o profissional que atua no município se divide entre a rede pública e privada. “Precisamos de profissionais full time e em número razoável. O nosso município tem plenas condições financeiras para garantir isso”, pontuou Eliene..
A vereadora, durante a apresentação da sua proposição, divulgou os dados do Ministério da Saúde, mostrando que o Pará tem 248 intensivistas, 184 deles dedicados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e Parauapebas está entre os lugares com mais de 100 mil habitantes e que apresenta a pior relação de intensivista pelo total da população.
“É um disparate para uma cidade com a nosso poder financeiro”, criticou Eliene, relatando que Redenção, com 85 mil habitantes, tem dois instensivistas e ambos atendem pelo SUS.
Já Marabá tem quatro, dois deles no SUS. Altamira, com metade da população de Parauapebas, tem 16 e todos pelo SUS. Tucuruí, também com metade da população da Capital do Minério, tem três e todos pelo SUS.
Ela ainda alertou que se o município não tomar medidas urgentes, pode pagar um preço caro, ante a proliferação do vírus na cidade . “Essa falta de profissional habilitado a lidar com pacientes graves e com internação em UTI pode acabar custando mais caro social e moralmente ao município”, finalizou Eliene.