Entre indicações, discussões e votações, as obras de revitalização da Avenida Weyne Cavalcante foi o assunto que mais repercutiu durante a 29ª Sessão Ordinária na Câmara Municipal de Canaã dos Carajás na sessão de ontem, terça-feira (25). O motivo da polêmica é que o primeiro trecho a ser contemplado com a intervenção é o mesmo local onde ficam dois pontos de táxi de mototáxi. Segundo Lucélia Moreira, arquiteta responsável, esses trabalhadores autônomos seriam realocados para a antiga casa da Brigada de Incêndio, que inclusive, já foi reformada.
No entanto, o que está em questão é a falta e diálogo entre prefeitura e as duas categorias, que alegam não ter recebido nenhum representante do órgão para informar acerca das mudanças previstas, além da falta de respeito com esse trabalhadores, pela forma como as obras vêm sendo executadas.
“Estamos falando de uma categoria que hoje se mantém através do seu trabalho, sem falar das pessoas que dependem dessa categoria. Não sou contra que o prédio seja demolido, mas sou contra a forma que tudo está acontecendo em vários sentidos, não se desaloja alguém que está alojado. Eu quero chamar atenção da secretaria responsável [Obras], que primeiro chame a categoria e apresente uma proposta, desde que não chegue e vá empurrando com a barriga”, protesta o vereador Walter Diniz (MDB).
Um dos principais objetivos da intervenção é o fomento ao comércio naquela via. Além dos estacionamentos, a Semob (Secretaria Municipal de Obras) fará a recuperação das calçadas, a ampliação da avenida, rampas de acesso a cadeirantes, melhoria dos jardins, poda de árvores e replantio de mudas em outras praças e a reforma completa do ponto de mototáxis.
A vereadora Maria Pereira (PDT), também em defesa dos trabalhadores, disse não ter tido acesso ao projeto da obra. Em outras palavras ele quis dizer que a revitalização acontece às escuras para os mais interessados. “Eu estive reunida com esses trabalhadores há algum tempo, tive acesso a documentos, tirei fotos, uma vez que o teto deles estava caindo, eles precisam de um espaço maior e com mais qualidade”, conta ela.
Maria diz que, então, o governo sentou com ela e falou sobre a revitalização e disse que as duas categorias seriam beneficiadas. “Mas, só para ter uma ideia, o governo nos mostrou um belíssimo projeto, porém, de outro espaço na mesma avenida que também será beneficiado, sobre esse trecho ele nunca mostrou ‘um risco’ para dizer que existe um projeto. O problema é a falta de comunicação, faltou diálogo entre o governo e a categoria, uma conversa não faz mal a ninguém”, disse a parlamentar.
O vereador Amintas de Oliveira (PHS) – Baiano do Hospital – sugeriu uma reunião entre os poderes Legislativo e Executivo e as duas categorias. “É lamentável o erro que a senhora [Lucélia Moreira] cometeu com esses profissionais. Eu sugiro que seja feita uma reunião para discutirmos isso”, disse.