Nesta sexta-feira (30), o governo de Darci Lermen e a empresa Transvias devem, enfim, assinar o contrato multimilionário para realização da segunda etapa das obras do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap), que deverá abrir 2.000 postos de trabalho nessa fase. Será um momento histórico para a Capital do Minério porque marca o início de um dos serviços públicos mais essenciais para a população: o saneamento básico. A informação foi levantada pelo Blog do Zé Dudu.
Embora rica, como todos sabem, Parauapebas tem 90% de sua área urbana lançados ao esgoto a céu aberto e está no time das consideradas “pocilgas urbanas”, apelido nada afetuoso para as cidades com clara e notória carência de saneamento — o Pará é “doutor” no assunto. Nesta década, e por meio do Prosap, o município tenta literalmente sair da fossa e tornar-se uma das cidades médias do país com elevados índices de coleta e tratamento de esgoto sanitário.
A Transvias vai executar a segunda fase da obra por R$ 54,94 milhões e a Prefeitura de Parauapebas diz que o Prosap é essencial para revitalização ambiental de alguns dos principais canais que atravessam a cidade e para resolução de problemas recorrentes de inundações em pontos específicos. Como parte do programa, foi proposto o projeto de saneamento ambiental, macrodrenagem e recuperação do Igarapé Lajeado, especificamente destinado às intervenções na bacia desse curso d’água, cujo traçado possui em torno de 12,4 quilômetros em meio a áreas urbanizadas de Parauapebas.
Empolgado
O prefeito Darci Lermen está entusiasmado com o momento atual por que passa a Capital do Minério, sendo ele, na condição de gestor, o protagonista do maior programa de saneamento municipal da Região Norte. “Quero deixar um legado de desenvolvimento a Parauapebas, que me confiou quatro mandatos”, ressalta o gestor. “Desenvolvimento só acontece quando todos têm acesso justo e igualitário a serviços públicos de qualidade. E aqui, em nosso município, tenho a honra de dizer que, depois do Prosap, todos, ricos e pobres, terão acesso a saneamento básico”, esclarece.
Darci pede paciência à população com relação às intervenções de infraestrutura que estão sendo feitas em alguns pontos da cidade e eventualmente estejam causando transtornos a condutores e transeuntes. Parauapebas cresceu na última década em ritmo superior ao que o poder público poderia ofertar em termos de equipamentos e opções de mobilidade, daí por que, hoje, mexer em sua infraestrutura é desafiador.
O município tem frota própria de quase 110 mil unidades, sem contar os milhares de veículos de fora que circulam diuturnamente na cidade. “Vamos buscar soluções e seguir preparando nossa cidade para o futuro, para ser atrativa a novos negócios, ser acolhedora e ser sustentável para além dos recursos esgotáveis dos quais sobrevive hoje”, encerra.