Pelos caminhos do Brasil.
Por Márcia Carvalho – Jornalista
Trágicos acidentes acontecem nas rodovias do país. Imprudência, alta velocidade, estradas precárias, álcool, enfim. Os motivos são os mais diversos, afinal, acidentes acontecem. No entanto, o que fazer quando um percurso mal sinalizado é o motivo da desgraça? Acionar a Máquina Estatal? Logicamente. Mas, em meio a dor causada pela perda de entes queridos, em meio ao sacrifício que se torna o correr em busca de justiça nos Fóruns, ou Tribunais da vida e em meio a dificuldade sofrida para se obter, digamos, a perícia que comprove a causa do acidente – já que tantas outras aguardam os laudos – como esperar por essa justiça? O jeito é entregar na mão de Deus.
Não seria mais fácil se os governos (Federal, Estadual, Municipal) tratassem as estradas com o cuidado essencial às vidas de centenas de cidadãos que são obrigados a pagar seus impostos pra não andar na
ilegalidade e mesmo assim, correm riscos extremos quando precisam utilizar as rodovias. E quantas e quantas vidas se perdem por conta desse descaso? E quantos e quantos governos não respondem quando a população busca saber onde está o orçamento gasto em asfalto ruim, quando o mesmo poderia resolver boa parte dos problemas da rede viária nacional?
Não tive a infelicidade de perder ninguém, nem mesmo um conhecido em acidente de trânsito. Mas, me solidarizo junto com aqueles que hoje sofrem.
Torno a dizer: O álcool, a imprudência e a imperícia são grandes vilões nessa guerra que mata muita gente todos os dias. Mas os governos precisam e tem a obrigação de manter as estradas em condições
trafegáveis. O assunto não pode ser apenas briga por cargos, não pode apenas ser o aumento, ou não, do salário mínimo para que o brasileiro se distraia com as estratégias de velhos políticos. Precisamos sim, de
transparência e no mínimo saber pra onde vai, ou foi o dinheiro que deveria construir pontes, sinalizar, construir meios fios e manter as estradas. Será a privatização das estradas a única solução, ou será que esse é o meio utilizado para alcançar esse fim?
Aproveito para perguntar: Quem é o responsável pela estrada de acesso à Palmares/ Ferrovia. DETRAN? DENIT? DMTT? Governo do Estado? Enfim. Às 5 da manhã a estrada – que já é perigosa – estava praticamente intrafegável por conta da densa neblina que pairou sobre Parauapebas. Quem esteve na estação nesse horário sofreu com a ausência de sinalização na pista, com o mato que já invadindo a área onde os carros transitam e cobrindo as raras placas que ali estão. Por favor, peço aos responsáveis que tomem as providências antes que algo terrível aconteça, pois, como diz o ditado: “PREVENIR É SEMPRE MELHOR QUE REMEDIAR.”
A natureza é uma força maior, não há como impedi-la. Estar nas mãos de Deus é a melhor coisa do mundo, mas, racionalmente entendo que fazer a sua parte, enquanto responsáveis pela guarda da vida centenas de pessoas, é fato, direito e obrigação daqueles que nos governam.
[ad code=1 align=center]
1 comentário em “Voz ao leitor”
Não é necessário ser especialista no assunto para chegar a estas conclusões. Parabéns a jornalista pelo texto. Com a palavra as autoridades responsáveis.