Vírus Zika: Instituto Evandro Chagas pode desenvolver vacina em até um ano

Continua depois da publicidade

Divulgação_Evandro ChagasO Instituto Evandro Chagas firmou parceria com a Universidade do Texas, nos Estados Unidos, para o desenvolvimento da vacina contra o vírus Zika, que deverá ocorrer em até 12 meses. O anúncio foi feito ontem, quinta-feira (11), pelo Ministro da Saúde, Marcelo Castro.

Ambas as instituições têm experiência em doenças causadas por vírus semelhantes ao Zika, como Dengue, Chikungunya e Febre Amarela. Para quem não sabe, o Instituto Evandro Chagas, com sede em Belém, é um órgão vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde (MS), e atua nas áreas de pesquisas biomédicas e na prestação de serviços em saúde pública.

Sua atuação está relacionada às investigações e pesquisas nas áreas de Ciências Biológicas, Meio Ambiente e Medicina Tropical, sendo referência mundial como centro de excelência em pesquisas científicas.

Após a fase de desenvolvimento, a vacina ainda passará por testes clínicos para, só depois, ser produzida e disponibilizada à população, o que deverá ocorrer em três anos. Mas, até a produção da vacina, a única arma contra o mosquito é a conscientização e a mobilização de todos na eliminação de criadouros do mosquito.

Por isso, neste sábado (13), acontece o dia D de combate ao mosquito Aedes aegypti em todo o país. Cerca de 220 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica vão estar nas ruas para a mobilização, que incluirá distribuição de material impresso com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito.

Parauapebas

Em Parauapebas, a Prefeitura informa que os mutirões de limpeza foram realizados em janeiro deste ano e o trabalho dos agentes de endemias também foi reforçado. “Além das visitas periódicas às residências, várias palestras em empresas, universidades e escolas já foram realizadas neste início de ano”, afirma a enfermeira Núbia Lima, coordenadora do Departamento de Vigilância Ambiental e Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde.

Ela destaca que o carro fumacê tem passado nos bairros com maiores índices de infestação do mosquito. “É necessário mais comprometimento de cada um em cuidar da sua casa”, observa Núbia, informando que agora, por meio de Lei Federal, os agentes de endemias podem entrar em imóveis fechados para eliminar focos de criadouros do mosquito.

No município, uma grande ação de combate ao mosquito está programada para acontecer no dia 20 de fevereiro (sábado). 

Meta

Na mobilização em todo o país, a meta é visitar 3 milhões de residências, abrangendo 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, além das capitais brasileiras.

2 comentários em “Vírus Zika: Instituto Evandro Chagas pode desenvolver vacina em até um ano

  1. Molotov Responder

    Desde que o mundo é mundo existe microcefalia.
    Sinto algo no ar(e não é muriçoca)não sei dizer o que é,tenho uma leva suspeita que estão usando o pobre mosquito par desviar a atenção do povo dos reais problemas do Brasil(talvez essa seja a agenda positiva que o lula sugeriu Dilma).
    sabe aquela estória do bandido condenado a mais de 100 anos,que uma vez capturado o delegado joga em sua conta todos os crimes não solucionados na sua delegacia?me parece ser esse o caso,há algo de podre nessa estória…vamos aguardar e veremos que todo esse alarde é uma cortina de fumaça para ofuscar coisas muito mais importantes.
    zica,chicungunha,dengue…tudo isso existe,talvez estejam superdimensionando o problema para desviar o foco de coisas muito mais perigosas.

  2. Wdson Magalhães Responder

    Resumo de Zika:
    – O vírus foi descoberto em 1947 em macacos Rhesus – na Floresta de Uganda chamada de Zika.
    Em 1952 foi encontrado em humanos na África.
    Em 2007 encontrado na Micronésia e em 2013 na Polinésia Francesa.
    – No Brasil foi confirmado o primeiro caso em 2015 na Bahia
    – O período de incubação é de 3 a 12 dias; tempo de doença de 4 a 7 dias.
    – Houve uma evolucao genética do vírus. Observa-se que a transmissão inicia antes do aparecimento dos sintomas.
    – A transmissão é vetorial, vertical, sexual e por transfusão de sangue.
    – O vírus foi detectado na urina, saliva e leite materno.
    – A maioria é assintomática. Ocorre exantema (predominante), hiperemia conjuntival, febre baixa (ou ausência), artralgia e edema em extremidades.
    – O diagnóstico é clínico epidemiológico
    – Os exames de laboratório específicos devem ser realizados até 4 e 5 dias do aparecimento da doença (detecção do genoma, antígeno e isolamento do vírus). Após, fazer exames sorológicos que apresentam reação cruzada com outros vírus, sendo difícil afirmar infecção pelo Zika.
    – A indicação dos exames é para: gestantes com exantema, óbitos suspeitos pela doença, suspeitos com doenças auto-imunes, RN com microcefalia, natimorto, feto com microcefalia), comorbidades.
    Os exames estao sendo feitos em apenas 5 laboratórios públicos (Evandro Chagas/Pará, Fiocruz de Pernambuco e Rio de Janeiro, Paraná e em São Paulo), mas haverá expansão.
    O exame da Biologia Molecular permite o diagnóstico em 24 horas, mas é muito caro, inviável para distribuição pública.
    Na rede privada estão sendo realizado os exames, porém estão entre 600-1000 reais.
    – Não há vacina e nem medicamento específico para tratamento.
    A vacina será elaborada com os Estados Unidos (Texas) e Brasil.
    – Conduta: hidratação por via oral, paracetamol ou dipirona, e antihistamínicos.
    Não utilizar AAS e antinflamatórios.
    – Há óbitos registrados com complicações/comorbidades.
    – É doença de notificação compulsória. É importante notificar para entendimento dos casos no estado e no Brasil.
    – Há correlação do vírus com zika microcefalia diante de um caso relatado em um artigo no NEJM acerca de uma necropsia de um feto de mãe com zika.
    Dados:
    # 4783 casos suspeitos,
    # 3670 sendo investigados,
    # 404 confirmados
    # 709 descartados

Deixe seu comentário

Posts relacionados