Grupo de WhatsApp “Umbora” propõe mais atividades presenciais e menos interação virtual

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O WhatsApp é o aplicativo de interação social mais famoso dos últimos tempos, considerado como umas das mais poderosas ferramentas de mídia social. A maior parte dos seus usuários utiliza grupos criados no aplicativo com assuntos específicos para se comunicar, trocar informações, comprar, entreter-se, trabalhar, e assim, cumprir com o objetivo principal de um grupo, que é a interação, e isto faz com que as pessoas fiquem ligadas, uma boa parte do seu tempo, no WhatsApp.

Indo na contramão deste objetivo e com uma proposta de fazer com que as pessoas se desconectem um pouco do mundo virtual e vivenciem mais a interação presencial, três amigos criaram o “Umbora”, grupo de WhatsApp que ironicamente promove a diminuição do uso do aplicativo.

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“Estávamos voltando de um passeio em uma cachoeira, na Vila Sanção. A experiência foi tão boa. Daí, durante as nossas conversas sobre como deveríamos fazer isso mais vezes, o Carlos teve a ideia de criar o grupo”, disse Wesley de Almeida Guedes, um dos idealizadores do grupo.

“Percebemos que quando a gente sai, todo mundo fica ligado no WhatsApp. A ideia foi criar um grupo que pudesse estimular as pessoas a se desconectar um pouco mais desse mundo virtual, a se movimentar, e assim, promover mais interação presencial”, disse Carlos Alessander, criador do grupo. Atualmente são 45 integrantes do Umbora, e o detalhe interessante é que todos são administradores.

Praticamente todo grupo tem regras de participação. No Umbora, os integrantes não devem: cumprimentar, apresentar-se, postar correntes ou informações comerciais. Somente enviar convites para eventos, passeios, viagens ou mesmo para uma caminhada ou para ajudar em uma mudança de casa.

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O convite para eventos ou qualquer tipo de atividade deve ser feito a partir da criação de um subgrupo, desta forma já foram criados o Umbora para o cinema, Umbora para a cachoeira, Umbora na roça, Umbora para Belém, Umbora fazer uma mudança, Umbora caminhar, entre outros subgrupos desde a criação do grupo principal, em 28 de agosto de 2015. Não importa o tipo de atividade, o objetivo é tirar os integrantes do WhatsApp por um período e proporcionar mais contato presencial.

No início de janeiro deste ano teve o Umbora Docenorte, clube de esporte e lazer localizado em Carajás e, recentemente, foi criado o Umbora Rio de Janeiro, uma viagem que promete muitas aventuras e um belo passeio pela cidade maravilhosa à um custo impressionantemente baixo.

“Eu encontrei passagens à R$ 250,00, ida e volta, de Carajás para o Rio de Janeiro. Logo que postei essa informação no grupo o pessoal se interessou e agente começou a organizar a viagem. Conseguimos também um hotel, em Copacabana, por R$ 225,00 para cada pessoa, sete dias de hospedagem”, comemorou Wesley Guedes. Onze pessoas estão programadas para o Umbora Rio de Janeiro, que será entre os dias 8 e 15 de março.

“Conheci a ideia do grupo através de uma boa e velha carona do Carlos. Me interessei principalmente porque estava há apenas dois meses na cidade e queria me enturmar. Participei de várias atividades. Muita gente entrou e depois saiu por não compreender a metodologia. Hoje posso dizer que o Umbora é o melhor grupo do meu aplicativo, não é chato. Sei que quando começa a chegar mensagens é por que vai rolar algo, daí eu opto por participar ou não, sem estresse, sem cobranças. Com o grupo conheci mais pessoas, lugares e comidas diferentes”, disse a enfermeira Lígia Miranda.

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O jovem servidor público Abimael Oliveira Sousa mora sozinho em Parauapebas e também esteve envolvido na criação do grupo. Ele conta que a partir de sua participação conseguiu estabelecer novas amizades na cidade, “achei uma ideia inovadora, pois tira as pessoas do ‘zap’ e faz a gente ter experiências legais”, acrescentou.

“Fico sem palavras ao refletir sobre todas as histórias do grupo e ver que o objetivo foi cumprido: de sair do isolamento da vida moderna e usar a tecnologia para juntar as pessoas, fazendo com que todos se percebam numa grande família”, relatou Carlos Alessander.

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