Sob forte aparato de segurança policial, o destino do delegado Bruno Fernandes e dos investigadores Cláudio Nascimento e Sérgio Lago voltou a estar em jogo no Fórum de Canaã dos Carajás. A audiência de instrução e julgamento dos policiais civis havia sido adiada no dia 6 de dezembro do ano passado; na ocasião, várias testemunhas de acusação foram ouvidas e confirmaram algumas denúncias contra os acusados. Pela ausência de algumas pessoas e pelo tempo excedente, o julgamento foi adiado para esta segunda-feira (22). Na nova data escolhida, testemunhas de defesa passaram pela sabatinada da promotoria e dos advogados dos réus.
O julgamento teve início por volta das 9:30h da manhã. No primeiro depoimento, um delegado da Polícia Civil que trabalhou no município, falou por cerca de uma hora. Durante a sua sabatinada de perguntas, o delegado afirmou que nenhuma informação do caso havia chegado até ele: “Não sei de nada do que acontecia fora do meu plantão. Nunca tive conhecimento de nada disso.”
A segunda testemunha, também delegado da Polícia com algum tempo de trabalho na cidade, foi entrevistado por um período de tempo menor. De acordo com ele, os processos seguiam de maneira tranquila na delegacia e ele nunca soube de nada anormal acontecendo no lugar mencionado.
Ainda durante a manhã, alguns funcionários da Depol de Canaã também foram ouvidos. Em um dos depoimentos, um escrivão confirmou que o investigador Cláudio já havia lhe oferecido uma motocicleta; de acordo com ele, o veículo era usado em negócios particulares do investigador e não tinha nada a ver com o caso. Os outros funcionários garantiram também que não tinham conhecimento nenhum sobre as acusações que pesam contra os réus.
Por volta das 11:40h, todas as testemunhas já haviam sido ouvidas. O juiz Thiago Vinicius de Melo Quedas autorizou o almoço de todos e determinou que a audiência recomeçará às 13:30h. Na parte da tarde, Bruno e os investigadores poderão falar e também passarão pela entrevista com a promotoria.
Bruno, Cláudio e Sérgio foram presos no dia 29 de agosto em operação surpresa do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado (GAECO). Sob os três, a acusação de liberação irregular de motocicletas do pátio da delegacia local; estão presos em Belém desde então e tiveram alguns habeas corpus negados durante o período.
1 comentário em “Delegado Bruno e investigadores são julgados em Canaã”
Que fim levou esse caso? Esse delegado ainda esta preso?